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Justiça vai mostrar que a PF acertou em "98% ou 99%" dos casos, afirma Lacerda
DA REPORTAGEM LOCAL
O diretor-geral da Polícia Federal, delegado Paulo Lacerda,
afirmou que o Judiciário, quando julgar todas as pessoas presas nas megaoperações, irá
mostrar que a polícia acertou
em 98% ou 99% dos casos investigados.
"É que os casos precisam de
um tempo para chegar a uma
condenação definitiva na Justiça, isso não é rápido. Mas estou
absolutamente seguro de que,
quando isso ocorrer, a Justiça
irá coroar o trabalho da Polícia
Federal com 98% ou 99% de
condenações das pessoas investigadas", afirmou o policial.
Para Lacerda, as megaoperações da Polícia Federal, chamadas de espetaculares e de exageradas pelos advogados, são
importantes para inibir a execução de novos crimes.
"A Polícia Federal está realizando um trabalho muito grande. Além do efeito inibidor que
têm as grandes operações, conseguimos desarticular esquemas ilegais que operavam há
anos em vários pontos do país.
Esses grupos ficam tão desarticulados que terão muito dificuldade em votar a agir. E isso é
muito importante para atacar a
corrupção", afirmou Lacerda.
O diretor-geral da PF disse
que a instituição é sempre sensível às reclamações dos advogados e busca, a cada operação,
corrigir eventuais erros.
Lacerda não concorda, no
entanto, que as operações da
polícia sejam limitadas às escutas telefônicas. "Esse tipo de
monitoramento não é o único
instrumento de investigação da
polícia, é apenas mais um entre
outros tantos."
Para o delegado, é importante destacar que todas as prisões
executadas pela polícia passaram antes por uma autorização
do Judiciário, com o conhecimento do Ministério Público.
Segundo Lacerda, os erros
que ocorreram em algumas
operações são casos isolados.
"Considerando as grandes
operações, que desmantelaram
quadrilhas em todo o país, se
existiu algum erro, foi corrigido
em tempo", afirmou.
"O que eu acho ruim é querer
desprestigiar o trabalho da Polícia Federal. Acho que isso é
ruim para o país. Temos, sim,
que nos aperfeiçoar, temos que
evitar erros, mas quem vai fazer
esse juízo de valor será o Judiciário", disse Lacerda.
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