São Paulo, terça-feira, 02 de agosto de 2005

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Para DNA, há "armação" em queima de notas

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O aparecimento de notas fiscais queimadas da DNA Propaganda foi uma "armação" para prejudicar a imagem da empresa e provocar o pedido de prisão preventiva de um de seus sócios, Marcos Valério de Souza -acusado de ser um dos operadores do suposto "mensalão".
A versão foi apresentada à Justiça no último dia 19 pelos advogados da DNA, em um pedido de "notificação judicial de terceiros desconhecidos interessados em prejudicar a notificante [DNA]". Como não foi direcionada a ninguém em particular, a notificação -publicada no dia 21- funciona apenas como um posicionamento formal da empresa.
No último dia 14, a Polícia Civil mineira apreendeu notas fiscais da DNA -algumas intactas e outras parcialmente queimadas- na casa de um irmão do contador da empresa.
No dia seguinte, houve apreensão de mais papéis queimados com o timbre da DNA nas imediações da casa do irmão do contador.
Valério foi denunciado (acusado formalmente) pelo Ministério Público mineiro por supressão de documentos na sexta-feira passada. Essa suspeita foi o principal motivo do pedido de prisão preventiva de Valério aprovado pela CPI dos Correios e negado pela Justiça.
Os advogados da DNA afirmam na notificação que a empresa foi "surpreendida por notícias de que notas fiscais foram encontradas queimadas".
"Tudo leva a crer que o que ocorreu foi uma armação [...], pois propositalmente deixou vestígios com a finalidade de associar a destruição dos documentos com assuntos relacionados à CPMI dos Correios."
A DNA afirmou ainda, por meio de seus advogados, que o aparecimento dos documentos teve como objetivo "provocar e até mesmo facilitar" o pedido de prisão de Valério, além de tentar associar "as questões relativas à CPMI [dos Correios] a uma pseudo-sonegação fiscal".
Além de Marcos Valério, foram denunciados pelo mesmo crime o ex-policial civil Marco Túlio Prata e o contador de Valério, Marco Aurélio Prata.


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