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ELEIÇÕES 2006/ PRESIDÊNCIA
Justiça pune Lula por inserção estadual
TSE suspende 5 inserções de 30 segundos do petista na TV por ter aparecido no programa do candidato ao governo de SC
Tribunal proibiu ainda a campanha de Geraldo Alckmin de reapresentar na TV ataques ao presidente veiculados na terça-feira
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Tribunal Superior Eleitoral suspendeu ontem cinco inserções de 30 segundos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na TV. A decisão é uma punição por Lula ter aparecido no
programa estadual do ex-ministro José Fristch (PT), que
disputa o governo de Santa Catarina. Em sua decisão, o ministro Carlos Alberto Menezes Direito destacou que Fristch sequer apareceu no programa.
A representação contra Lula
foi apresentada por Eduardo
Nobre, que defende o ex-governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), candidato à reeleição. Advogados do presidente
podem recorrer, mas a punição
deve ser aplicada de imediato.
O petista perdeu 65 segundos
por promoção pessoal em propagandas de outros Estados.
Ataque
O ministro do TSE Carlos Alberto Menezes Direito proibiu
ontem a campanha do presidenciável Geraldo Alckmin
(PSDB) de reapresentar na propaganda na TV o ataque ao presidente Lula veiculado no fim
do programa de terça-feira.
O plenário julgará as duas
questões. No trecho proibido, o
apresentador diz: "Waldomiro,
mensalão, caixa dois, dinheiro
na cueca, sanguessuga, corrupção nos Correios, ninguém
agüenta mais ouvir tanta notícia de corrupção. E o pior é que
nos últimos dois anos foi assim,
uma notícia atrás da outra. Vários ministros do atual presidente foram denunciados e tiveram que pedir demissão."
O ministro disse que o trecho
foi exibido sem identificação
dos partidos que integram a coligação de Alckmin (PSDB e
PFL), contra exigência do TSE.
Ele não examinou os argumentos sobre ofensa e ridicularização do presidente. Relator de
ação movida por advogados de
Lula, Direito concedeu liminar.
O petista quer que o tucano
perca três minutos e 12 segundos do horário eleitoral. Ainda
não há decisão. Os advogados
de Lula dizem que o programa
tucano simulou seu fim antes
do ataque a Lula para criar no
telespectador a impressão de
que a crítica era parte de outra
propaganda eleitoral.
O aumento dos ataques deverá elevar também a disputa judicial. O TSE recebeu ontem
três novas ações de Lula contra
os adversários: duas contra
Alckmin e uma contra Heloísa
Helena (PSOL).
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