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Depoimento de garota ocorreu sem ação do STF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O depoimento de uma garota de 14 anos à CPI da Pedofilia, que motivou o telefonema do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) para o
presidente do STF (Supremo
Tribunal Federal), Gilmar
Mendes, ocorreu sem a interferência do Supremo.
Logo após a conversa entre
os dois, que foi grampeada,
Demóstenes conseguiu convencer a procuradoria de Roraima de que a Justiça estadual não poderia interferir
na CPI federal.
Em telefonema para o procurador-geral da República
em Roraima, Alessandro Assad, o senador argumentou
que iria acionar o STF, se não
houvesse um recuo. Os procuradores que haviam acionado a Justiça para que a garota não depusesse voltaram
atrás e ingressaram com nova petição. A Justiça recuou e
liberou o depoimento.
A garota de 14 anos, protegida pelo Programa de Proteção à Testemunha, depôs à
CPI numa sala da Polícia Federal, em Brasília. Disse que
fez programas com empresários e autoridades do Estado
e citou nomes, inclusive o de
um deputado federal.
A garota foi descoberta pela Operação Arcanjo, da PF,
que desvendou uma rede de
pedofilia em Roraima. As vítimas, segundo o presidente
da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), eram crianças de
famílias humildes, em sua
maioria, com idades que variam de cinco a 14 anos.
(ANDREZA MATAIS)
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