São Paulo, Sábado, 02 de Outubro de 1999
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INVESTIGAÇÃO

Empregados foram apontados por testemunha

BNDES não afasta funcionários citados no inquérito do grampo

da Sucursal do Rio

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) manteve em cargos de confiança os dois funcionários citados como envolvidos nos grampos telefônicos pela principal testemunha do inquérito, o ex-policial federal Célio Arêas Rocha.
O chefe do Departamento de Administração Predial e síndico do edifício-sede do BNDES, José Armando de Aguiar Taddei, e o coordenador da Área de Proteção, Fernando de Oliveira Araújo, não serão afastados até a Polícia Federal concluir o inquérito.
Na prática, a decisão da diretoria do BNDES significa que há na instituição uma descrença quanto à veracidade do depoimento prestado por Célio Rocha.
Ele acusa Taddei e Araújo de participarem de um esquema de espionagem que resultou na gravação clandestina de telefonemas trocados entre executivos do governo no processo de privatização do sistema Telebrás.
O BNDES não mudou os equipamentos telefônicos depois dos grampos. Foi feita apenas uma varredura em busca de equipamentos de gravação.
Taddei nega envolvimento com os grampos. Ele disse ter assumido o cargo em fevereiro de 98, quando algumas gravações já teriam sido feitas. As fitas já divulgadas foram gravadas entre junho e setembro do ano passado.
Procurado ontem pela Folha, Araújo não foi localizado.
O Ministério Público Federal recorrerá segunda-feira contra a libertação de Temílson Resende, o Telmo, principal suspeito do caso. A PF enviou ontem para análise na Unicamp três fitas apreendidas na casa de Telmo.


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