|
Próximo Texto | Índice
PAINEL
Mote de campanha
O slogan "Maluf nunca mais"
será a linha de frente da campanha suprapartidária de Marta
no segundo turno, caso o pepebista vá para o segundo turno,
como acredita o PT. A frase vai
ser impressa em adesivos e camisetas da candidata petista.
Vidraça petista
Caso vá para o segundo turno,
Maluf só usará questões como
aborto e união civil entre homossexuais para atingir Marta
em caso de recurso extremo.
Considera que perde mais do
que ganha com isso. Vai priorizar os ataques violentos ao PT e
insistir na tecla da experiência.
Linha ocupada
Assim que soube das pesquisas de boca-de-urna, Eduardo
Suplicy telefonou para Erundina, que não o atendeu. Mandou
dizer que estava em reunião e
que ligava de volta mais tarde.
Afago e paciência
O PT espera o apoio de Erundina. Mas não quer transformá-la na grande eleitora de Marta. O
partido já investe sobre as bases
eleitorais e os vereadores de PSB
e PPS. E toma cuidado para não
melindrar a ex-prefeita. As relações andaram tensas no final.
Liderança frustrada
Erundina ingressou no PSB na
expectativa de que se tornaria a
líder nacional de um novo partido de esquerda, alternativo ao
PT. O resultado da eleição praticamente enterra essa esperança.
Frase pronta
Sem Alckmin no segundo turno, Mário Covas deve ironizar o
PT quando lhe for pedido o
apoio. O argumento já está na
ponta da língua: "Vocês passaram a campanha dizendo que eu
era o grande peso do Alckmin.
Por que, agora, estão atrás da
ajuda desse imenso fardo?".
Em nome da carreira
Caso Alckmin não vá ao segundo turno, o PT sabe que os
tucanos irão tergiversar muito
antes de declarar eventual apoio
a Marta. Mas o partido espera
que Alckmin apóie a petista no
final. A neutralidade diante do
malufismo comprometeria o futuro político do vice de Covas.
Espertalhão
Cabo eleitoral de Alckmin,
Gugu Liberato abusou no fim-de-semana. Em mais de uma
oportunidade, orientou na TV
os eleitores a usarem "a cabeça".
O troco do xerife
Tuma vai amanhã a Brasília
conversar com ACM e Bornhausen sobre o segundo turno
paulistano e a sua própria situação no PFL. O xerife usará a votação que recebeu -expressiva,
considerando o histórico do
partido em SP- para obter o
controle da sigla no Estado.
Canoa alternativa
Na avaliação do senador pefelista, Gilberto Kassab, que controla os diretórios do PFL em SP,
apoiou Alckmin nos bastidores.
Se não tiver a ajuda de ACM e
Bornhausen, Tuma pretende seguir para o PMDB de Quércia.
Conversa antecipada
O PDT-SP acertou há cerca de
15 dias, numa reunião com Hélio Bicudo, vice de Marta, que
apoiaria o PT se Erundina não
chegasse ao segundo turno. José
Batochio, presidente do PDT
paulista, vai esperar apenas a
candidata do PSB se posicionar
para fazer o anunciar público.
Foto de campanha
Santinhos com a foto do padre
Marcelo Rossi e do bispo dom
Fernando foram distribuídos
ontem na boca-de-urna. Em pose ao lado do vereador Miguel
Colasuonno (PMDB), da tropa
de choque de Pitta na Câmara.
É uma fria
FHC não deve ir dia 18 à inauguração do projeto Costa do
Sauípe, um complexo turístico
na Bahia tocado pela Odebrecht
e a Previ, o fundo de pensão dos
funcionários do Banco do Brasil.
Há cheiro de TRT-SP no ar.
Coalizão mineira
Em Buritis (MG), onde fica a
fazenda dos filhos de FHC, o padre José Vicente (PPS) foi reeleito. É simpático aos sem-terra,
mas teve o voto até do gerente
da fazenda, Wander Gontijo.
TIROTEIO
De Delfim Netto (PPB), sobre
o segundo turno da eleição em
São Paulo:
- A disputa não será contra
Marta. Será contra a tragédia
que seria o PT no governo.
CONTRAPONTO
O amigo do Adilson
Paulo Maluf votou logo pela
manhã em São Paulo. E voltou,
como costuma fazer em dia de
eleição, para sua casa, seguido
por políticos e correligionários.
Disputando voto a voto com
Geraldo Alckmin (PSDB) a ida
para o segundo turno, Maluf
passou o dia entre apreensivo e
eufórico. A todo instante, se dirigia ao portão para falar com os
repórteres ali presentes.
No meio da tarde, perto do encerramento da votação, o ex-prefeito grudou no telefone.
Passou ele mesmo a ligar para
vários jornalistas, a fim de saber
as projeções da boca-de-urna.
Mesmo ansioso, o pepebista
não perdeu o humor. A cada telefonema, dizia ao interlocutor:
- Alô, aqui quem fala é o
amigo do Adilson...
- Mas que Adilson?
- O Adilson Laranjeira. Aqui
é o doutor Paulo -respondia
Maluf, gargalhando, referindo-se a seu assessor de imprensa.
Próximo Texto: Questão agrária: Sem-terra têm tomada de decisão descentralizada Índice
|