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SANTOS
Telma de Souza (PT), que já foi prefeita, e Beto Mansur (PPB), que é o atual, tentam provar quem fez a melhor administração para conquistar indecisos na reta final da eleição
Comparação de governos decide 2º turno
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
A comparação entre dois projetos políticos e administrativos radicalmente opostos deverá nortear a batalha pela Prefeitura de
Santos (SP) no segundo turno entre a deputada federal Telma de
Souza (PT) e o atual prefeito, Beto
Mansur (PPB).
Segundo o TRE, que terminou a
apuração ontem à noite em Santos, Telma teve 43,75% dos votos
dos santistas; Beto Mansur disputa com ela o segundo turno com
37,79%.
Os dois candidatos concordam
que vencerá a eleição aquele que
conseguir convencer a parcela de
indecisos a respeito de qual governo obteve os melhores resultados -o da petista (88-92) ou o do
pepebista (97-2000).
No hiato entre as duas administrações, governou David Capistrano (93-96), do PT, eleito com o
apoio de Telma, mas com quem
ela posteriormente rompeu.
"Eu sempre disse que teríamos
dois turnos", afirmou Mansur.
"Agora, vamos comparar nossos três anos e oito meses com os
oito anos de PT. A população
quer saber de resultado, de
obras."
"Além da comparação, haverá
também um debate acerca da credibilidade. Vamos mostrar as diferenças de postura em relação à
coisa pública entre a Telma e o
prefeito, que tem raízes malufistas", disse Fábio Barbosa, coordenador da campanha candidata
petista.
Apoio tucano
Na composição das alianças,
Telma de Souza dá como certo o
apoio do tucano Edmur Mesquita, o mais contundente crítico do
governo Mansur durante a campanha.
Mesquita fez várias denúncias
contra o prefeito, entre as quais as
de ter triplicado a dívida do município e a de ter recebido dezenas
de telefonemas do ex-juiz foragido Nicolau dos Santos Neto, acusado do desvio de R$ 169 milhões
da obra do TRT paulista.
Todas as acusações são negadas
por Mansur. Por conta disso, o
prefeito aposta num acordo entre
as cúpulas estaduais do PPB e do
PSDB com o objetivo de conquistar o apoio ou, no mínimo, uma
declaração de neutralidade dos
tucanos, a exemplo do que ocorreu em 96. Ele disse que hoje mesmo pretende procurar o governador Mário Covas (PSDB) para tratar do assunto.
Se essa estratégia não der resultado, o pepebista deverá atrair somente Vicente Cascione (PTB),
que teve 10,37% dos votos e é um
opositor radical do petismo.
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