|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RIO BRANCO
Delegado acredita que notas seriam usadas para compra de votos
Dinheiro é apreendido em comitê
SOLANO NASCIMENTO
ENVIADO ESPECIAL A RIO BRANCO
Duas sacolas com dinheiro e
material de propaganda eleitoral
foram apreendidas ontem à tarde
no comitê de campanha do vereador Carlos Beiruth (PMDB), candidato à reeleição em Rio Branco.
Havia notas de R$ 5, R$ 10 e R$ 50.
As notas somavam R$ 26.430.
Segundo o delegado da Polícia
Civil que fez a apreensão, Walter
Prado, o dinheiro provavelmente
seria usado na compra de votos.
Dois homens que estavam com o
dinheiro foram detidos em flagrante e levados à Polícia Federal.
Eles não quiseram falar com os
jornalistas. Beiruth não foi encontrado em sua clínica nem no comitê do PMDB.
Plantão
Seis procuradores eleitorais
promoveram um plantão nas 48
horas que antecederam as eleições para tentar impedir crimes
eleitorais.
Na madrugada de ontem, foi
apreendido um computador que
estava sendo usado para cadastrar
eleitores, supostamente para permitir a conferência depois do número de votos em seções. "Aqui
há uma tradição de compra de votos", disse a promotora eleitoral
Alessandra Garcia Marques.
Em vistoria feita em conjunto
com a Polícia Federal na casa de
Gisélia Nascimento (PMDB), presidente da Câmara e candidata à
reeleição, foram encontrados formulários para cadastramento de
eleitores.
Promotores e policiais foram rigorosos na fiscalização da propaganda de boca-de-urna. Até o
meio da tarde, mais de 100 pessoas já haviam sido detidas.
A previsão de confrontos entre
militantes do PT e do PMDB, que
levou a Justiça Eleitoral a requisitar tropas federais, não se confirmou. Houve discussões e pequenos tumultos, mas até pouco antes do encerramento da votação
não havia ocorrido nenhum grande enfrentamento.
Suspeita de fraude
Eleitores foram impedidos de
votar ontem em Porto Acre, a 57
km de Rio Branco. Eles são suspeitos de participação em uma
fraude na transferência de títulos
eleitorais para o município. A
proibição atingiu eleitores que
transferiram este ano o título de
Rio Branco para Porto Acre, mas
que ontem não apresentaram
comprovante de residência aos
mesários.
Segundo estimativa do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística), Porto Acre tinha no
ano passado 7.770 moradores. Os
cadastros da Justiça Eleitoral
mostraram, no entanto, que em
maio deste ano o município possuía 8.020 eleitores.
Em Feijó (370 km da capital),
um vereador foi detido depois de
duas pessoas apresentarem notas
de R$ 10 que teriam recebido dele
em troca de votos.
Texto Anterior: Salvador: Imbassahy é reeleito no primeiro turno Próximo Texto: São Luís: Lago se reelege com 53% dos votos Índice
|