|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Após pesquisa, alckmistas negociam união com Kassab para o segundo turno
ANA FLOR
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
Ainda que o tucano Geraldo
Alckmin tenha imprimido ontem um ritmo ainda mais acelerado a sua campanha, com a esperança de chegar ao segundo
turno, o grupo que até agora
deu sustentação ao ex-governador já começou a discutir os
termos de uma aproximação
com o prefeito de São Paulo,
Gilberto Kassab (DEM).
Na noite da segunda-feira, o
presidente do PSDB municipal,
José Henrique Reis Lobo, que
"bancou" a candidatura Alckmin, iniciou conversas com o
também tucano, porém kassabista, Walter Feldman, secretário municipal de Esportes, sobre a possibilidade de aliança
no segundo turno.
Segundo a Folha apurou,
tanto Lobo quanto Feldman
entenderam que a formação de
uma chapa anti-PT deve estar
acima das rusgas do primeiro
turno. A idéia é utilizar o governador José Serra (PSDB) como
articulador da aliança que una
o grupo de Alckmin aos tucanos kassabistas e a Kassab.
Os alckmistas, no entanto,
recusaram, ao menos até a noite de ontem, conversas sobre o
segundo turno, ainda acreditando que Alckmin tem chance
de passar pelo primeiro turno.
No dia em que a pesquisa Datafolha o consolidou em terceiro lugar -fora do segundo turno-, Alckmin cumpriu sua
mais longa agenda de campanha nas ruas e prometeu 14 horas de corpo-a-corpo nos próximos dias, até o domingo.
Ontem, ele percorreu 50 km
em carreatas e caminhadas pela zona leste. Ao falar da pesquisa, o candidato avaliou que é
possível recuperar a diferença.
"A eleição que vale é no dia 5."
Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostrou o crescimento do prefeito, que está
com 27% -oito pontos à frente
de Alckmin. Dentro da campanha tucana, a divulgação dos
resultados foi vista como "danosa" à campanha de rua.
"Agora é rua, rua, rua", disse.
Pela manhã, o PSDB montou
uma operação de guerra. Levou
às ruas, ao lado de Alckmin, o
deputado federal José Aníbal,
Edson Aparecido, a mulher e a
filha do candidato para panfletagem na Radial Leste e carreatas e caminhadas na região.
O tucano avaliou que o fim
da propaganda na TV será positivo para sua campanha, por ter
menos tempo que os concorrentes. No início da tarde, ele
voltou aos estúdios para gravar
um trecho novo para o programa da noite -o último do primeiro turno. No adendo, prometeu, como já fizeram Marta
Suplicy e Kassab, reduzir o ISS
(Imposto Sobre Serviços).
À tarde e à noite, na TV,
Alckmin se despediu ao lado da
mulher, Lu, de dois filhos e do
genro. Ele, que disse estar numa "disputa muito acirrada",
fez um apelo para que o eleitor
"voltasse um pouco no tempo"
para comparar a trajetória dele
com a de Kassab. "Sei que existem muitas dúvidas na sua cabeça por conta da propaganda
maciça do prefeito, que vendeu
a imagem de que é o candidato
do PSDB, o que não é verdade."
Ao falar com a imprensa durante o dia, Alckmin fez críticas
à administração atual na área
de trânsito e transporte.
Colaborou MICHELE OLIVEIRA , da Redação
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Janio de Freitas: Escândalo que falta Índice
|