São Paulo, terça-feira, 02 de novembro de 2004

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Resultado fortalece a aliança PPS-PDT

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Dirigentes do governista PPS e do oposicionista PDT disseram ontem acreditar que o resultado das eleições fortalece as articulações para uma fusão cujo como primeiro objetivo seria o lançamento de candidatura própria à sucessão presidencial em 2006.
As duas siglas fizeram um pacto de apoio mútuo na maioria das cidades onde disputaram o segundo turno e avaliam que tiveram sucesso. Apesar de compor a base governista, o PPS tem a cúpula dominada por uma ala que quer ser independente do Planalto. O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), sofre a oposição interna do ministro Ciro Gomes (Integração Nacional) e de boa parte dos parlamentares e governadores da sigla, que defendem a manutenção da aliança com Lula.
Freire nem o presidente do PDT, Carlos Lupi, porém, falam em prazo para a fusão. As duas siglas governam 12 das 96 maiores cidades do país, um eleitorado de 3,4 milhões de pessoas. Em 2005, passarão a ter 19 cidades, o que representa 7,1 milhões de eleitores, mais do que o dobro dos atuais.
Além de uma eventual saída do PPS da base aliada, o governo deverá enfrentar outro problema na Câmara, já que os pequenos partidos que o apóiam decidiram, junto com o PDT, formar um "bloquinho", para ter mais peso na coalizão governista. Isso é reação às manifestações do Planalto de que daria atenção especial ao PTB. Diante disso, PPS, PSB, PDT, PC do B e PV dizem que vão agora agir unidos. As cinco siglas somam 70 deputados. (RB)

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