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RIO DE JANEIRO
Candidato de ex-governador afirma desconfiar de fraude e compra de votos e vai à Justiça
Após perder Campos para PDT, Garotinho articula anular eleição
SERGIO TORRES
ENVIADO ESPECIAL A CAMPOS (RJ)
Orientado pelo ex-governador
Anthony Garotinho, presidente
do PMDB no Rio, o candidato
derrotado do partido à Prefeitura
de Campos (280 km do Rio), Geraldo Pudim, anunciou que recorrerá à Justiça para que seja anulada a eleição de anteontem, que teve como vencedor seu adversário,
Carlos Alberto Campista (PDT).
Para Pudim, 54, a eleição pode
ter sido fraudada. Ele diz considerar suspeita a queda do sistema
informatizado de apuração logo
após o fim da votação. O programa dos computadores do TRE em
Campos teve que ser reinstalado,
o que atrasou a apuração dos votos em 2 horas e 30 minutos.
Pudim também suspeita de que
Campista e seu principal cabo
eleitoral, o prefeito Arnaldo Vianna (PDT), compraram votos de
eleitores. Disse que estranhou sua
derrota no distrito de Guarus, reduto eleitoral de Garotinho.
A decisão de não aceitar a derrota foi tomada por Garotinho.
Após uma reunião, ficou decidido que de manhã Pudim daria entrevista para contestar a vitória de
Campista. Chegou a ser anunciada a presença de Garotinho, que
não compareceu. O ex-governador, a governadora Rosinha Matheus e a filha do casal, Clarissa,
deixaram Campos de madrugada. Ontem, o casal e os assessores
não foram localizados.
Além de Campos, Garotinho
sofreu outras derrotas: dos sete
maiores colégios eleitorais do Estado, o PMDB só governará São
João de Meriti e Duque de Caxias.
Campista, de 54 anos, preferiu
não comentar o assunto. "O importante foi a voz das urnas. O Judiciário não vai se deixar dobrar."
A pedido do Ministério Público,
tramitam no TRE de Campos
duas ações que pedem a impugnação das candidaturas de Pudim
e de Campista pelo suposto uso
na eleição das máquinas públicas
do Estado e da prefeitura.
A juíza Maria Tereza Gusmão
informou que, se as ações forem
julgadas antes da diplomação de
Campista e os dois forem condenados, haverá nova eleição. Se só
Campista for condenado, Pudim
assumirá. Se as ações forem julgadas após a diplomação e Campista for condenado, quem assume é
o vice Toninho Viana.
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