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QUESTÃO AGRÁRIA
Contratante de seguranças é suspeito de morte de sem-terra
Juíza do PR decreta prisão de suspeito
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
A juíza Elisabeth Khater, de
Loanda (noroeste do Paraná), decretou a prisão preventiva de José
Ivo Lopes Furquin, 50, acusado de
contratar seguranças para fazendeiros no noroeste do Paraná.
Furquin, além de contratante, é
considerado pela Polícia Civil do
Paraná como um dos principais
suspeitos pela morte do líder
sem-terra Sebastião de Maia, 38,
em 21 de novembro último.
Maia foi morto na fazenda Água
da Prata, em Querência do Norte
(noroeste do PR), com um tiro de
escopeta calibre 12. Maia e outros
três sem-terra foram surpreendidos. A polícia não trabalha mais
com a hipótese de morte em confronto durante a invasão da fazenda, como chegou a ser divulgado pela Polícia Militar no dia do
assassinato.
Conhecido no noroeste do Paraná como contratante de seguranças para fazendeiros, Furquin
é suspeito de envolvimento também na morte do sem-terra
Eduardo Anghinone, em 29 de
março de 1999. Eduardo foi morto aparentemente ao ser confundido com o irmão, Celso, líder do
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Querência do Norte.
Decretada em 26 de novembro,
a prisão preventiva de Furquin,
que está foragido, vinha sido
mantida em sigilo, em uma tentativa da Polícia Civil de prendê-lo.
Carajás
O MST irá contestar o parecer
da Procuradoria do Pará que indica pagamento de indenização para apenas três de 20 sem-terra feridos durante o massacre de Eldorado do Carajás.
Segundo parecer da procuradoria, "apenas quatro apresentam
restrição para o trabalho, sendo
que, destes, um encontra-se incapacitado por motivo em nada relacionado com o que atesta o laudo elaborado pelo IML (Instituto
Médico Legal) após o ocorrido
em Eldorado do Carajás".
No dia 17 de abril de 1996, 19
sem-terra foram mortos e mais de
60 pessoas ficaram feridas durante um confronto entre manifestantes e policiais militares, ocorrido na rodovia PA-150, em Eldorado do Carajás (sul do Pará).
A procuradoria indica o pagamento de um salário mínimo para Rubenita Justiniano da Silva,
Eliosmar Pereira da Silva e Germano Pereira da Costa.
O MST pretende fazer uma manifestação em frente ao Tribunal
de Justiça no dia 7, quando o advogado entrará com recurso.
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