São Paulo, quinta-feira, 02 de dezembro de 2004 |
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PAINEL Tô nem aí No encontro de prefeitos eleitos do PT, assessores de Olívio Dutra, animados com os pedidos para que a pasta das Cidades continue nas mãos do partido, fizeram correr uma moção de apoio à permanência do ministro no cargo. Diante da baixa adesão, a lista foi para a gaveta. Circulando Na marca do pênalti, Olívio recorre à marquetagem: irá hoje a evento no Planalto a bordo de ônibus adaptado para pessoas com restrição de mobilidade. Sem conversa A guerra tribal no Congresso chegou ao ambiente comparativamente civilizado da Comissão de Orçamento. Ontem, PSDB e PFL avisaram ao presidente, Paulo Bernardo, que, diante de seguidas promessas de liberação de emendas não cumpridas pelo governo, nada mais votariam. Contra o relógio Com parte da comissão de braços cruzados, o petista Paulo Bernardo correu à Fazenda e à Coordenação Política na tentativa de resolver o problema das emendas. Mesmo antes da greve, já temia pela aprovação do Orçamento em tempo hábil. Ponta-cabeça 1 O sururu da madrugada de ontem na Câmara gerou alianças inusitadas. O petista Professor Luizinho defendeu bravamente a honra do ex-anão do Orçamento Ricardo Fiuza (PP). Ponta-cabeça 2 Já o pefelista José Carlos Aleluia recebeu telefonema agradecido da senadora Heloísa Helena por ter se solidarizado com seu colega de PSOL Babá, de quem petistas queriam arrancar o couro por ter xingado Fiuza. Nível crítico A adesão do PMDB ao governo na Câmara, que chegou a 85% em algumas votações, caiu para 48,7% na aprovação da "MP do Meirelles", segundo levantamento da Arko Advice. Na estrada O café-da-manhã oferecido em Brasília por Geraldo Alckmin à bancada do PSDB paulista teve adesão de tucanos de outros Estados. O cearense Vicente Arruda o saudou como "nome natural para a sucessão de Lula". O governador apenas sorriu. Assim é difícil A bancada pediu a Alckmin empenho para que a liderança do partido na Câmara seja dada a um paulista. Aloysio Nunes Ferreira e Alberto Goldman, os dois nomes até agora colocados na mesa, são mais ligados ao prefeito eleito de São Paulo, José Serra, do que ao governador. O clone Importante prefeitura petista derrotada nas urnas enfrenta dificuldades para pagar fornecedores, faz malabarismo para se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal e ameaça atrasar o 13º de seus funcionários. Parece São Paulo, mas é Ribeirão Preto, terra de Antonio Palocci. Com fiador A campanha de Marta Suplicy deixou dívidas de R$ 500 mil com a Telefonica e de R$ 300 mil com empresas de call center e de assistência jurídica. O tesoureiro Leonide Tatto afirma que o PT vai assumir os débitos. Prata da casa O escritório de comunicação de Lu Fernandes, que cuidou da assessoria de imprensa na campanha de José Serra, aparece como doador de R$ 638,08, em espécie, na prestação de contas do prefeito eleito de São Paulo. Mau sinal Considerado o mais tucano dos petebistas da Câmara paulistana, o vereador Paulo Frange fez soar o alarme na bancada do PSDB ontem ao votar a favor da diminuição de 15% para 5% da margem de remanejamento que o futuro prefeito terá no Orçamento da cidade para 2005. TIROTEIO Do deputado federal Dr. Rosinha (PR), representante da esquerda petista, sobre a votação da "MP do Meirelles", concluída ontem com a extensão do foro privilegiado a ex-presidentes do Banco Central: -Ainda bem que acabou. Se a votação continuasse por mais um dia, o governo seria bem capaz de aprovar a hereditariedade do foro privilegiado. CONTRAPONTO Salvo pelo gongo
No meio de uma manifestação
de estudantes contra o governo
na semana passada em Brasília,
o petista Chico Alencar (RJ) já se
preparava para enfrentar a hostilidade dos participantes, que
repudiavam todos os deputados
da esquerda do PT aos gritos de
"traidor, traidor", quando foi
abordado por uma senhora. |
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