São Paulo, sexta-feira, 02 de dezembro de 2005

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"Índice de Traição" definiu cassação, afirmam aliados

CHICO DE GOIS
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

A televisão estava desligada. Recolhido em seu apartamento, logo após o encerramento da votação que lhe definiria o futuro, José Dirceu soube que havia sido cassado apenas quando amigos foram lhe dar um abraço "de solidariedade", e "não de condolência", como ressaltou um deles.
Para os amigos fiéis, ele estava sereno e resignado. Sabia da dificuldade de escapar de um plenário que vota numa cabine protegida por uma cortina, garantindo o anonimato dos "eleitores". Esse anonimato, na visão dos que lutaram com Dirceu, causou sua queda.
"Faltaram só 36 votos", lamentava Devanir Ribeiro (PT-SP), um dos que foram abraçá-lo. Para os aliados, a absolvição só não veio por causa do "IT" (Índice de Traição, na nomenclatura criada pelo grupo).
Depois da meia-noite, passaram pelo apartamento funcional deputados petistas, assessores e ex-servidores do ex-ministro, ex-presidente do PT e agora ex-deputado.


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