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"Índice de Traição" definiu cassação, afirmam aliados
CHICO DE GOIS
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
A televisão estava desligada. Recolhido em seu apartamento, logo após o encerramento da votação que lhe
definiria o futuro, José Dirceu soube que havia sido
cassado apenas quando amigos foram lhe dar um abraço
"de solidariedade", e "não
de condolência", como ressaltou um deles.
Para os amigos fiéis, ele estava sereno e resignado. Sabia da dificuldade de escapar
de um plenário que vota numa cabine protegida por
uma cortina, garantindo o
anonimato dos "eleitores".
Esse anonimato, na visão
dos que lutaram com Dirceu, causou sua queda.
"Faltaram só 36 votos", lamentava Devanir Ribeiro
(PT-SP), um dos que foram
abraçá-lo. Para os aliados, a
absolvição só não veio por
causa do "IT" (Índice de
Traição, na nomenclatura
criada pelo grupo).
Depois da meia-noite, passaram pelo apartamento
funcional deputados petistas, assessores e ex-servidores do ex-ministro, ex-presidente do PT e agora ex-deputado.
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