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Para substituta de Dirceu, petista é ícone do partido
EPAMINONDAS NETO
DA FOLHA ONLINE
A liberação dos pedágios
na madrugada, a instalação
de uma universidade na Baixada Santista e uma política
nacional para a hepatite fazem parte da lista de bandeiras políticas da deputada
Mariângela Duarte (PT-SP),
que assumirá a vaga de José
Dirceu (PT-SP) na Câmara.
Ela, a 65º candidata mais
votada em São Paulo em
2002, com 94.206 votos, assumiu o mandato quando
Dirceu virou ministro.
Quando ele voltou à Câmara, ela se manteve na Casa,
porque foi o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) quem
se retirou. Pela sistemática
da coligação de 2002, ela somente saiu da Casa com o
retorno de Aldo Rebelo (PC
do B-SP), em julho.
Seu retorno não acontece
sem desconforto. "Ontem,
eu não liguei a televisão em
nenhum momento", diz ela,
que considera Dirceu "um
ícone do nosso partido".
"A sua teimosia, a sua tenacidade, foi até um alento
para a militância", afirmou.
A deputada prefere não
emitir julgamentos sobre o
resultado da Câmara, que
cassou o deputado, mas diz
que a crise "avassaladora" de
seu partido exacerbou o
"julgamento político".
A base eleitoral de Mariângela fica em Santos, onde se
formou em Letras pela PUC,
mesmo local onde lecionou
por 25 anos. Nascida em
1946, tem quatro filhos e cinco netos. Começou a carreira política no PMDB, mas
seu primeiro cargo eletivo
foi obtido no PT, quando se
elegeu vereadora em 1988,
sendo reeleita em 1992. Interrompeu o mandato para
disputar o cargo de deputada estadual em 1994 e foi reeleita em 1998. Em 2002, ficou
como suplente da Câmara.
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