São Paulo, domingo, 02 de dezembro de 2007

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Oposição diz que petista foge de sua responsabilidade

DA REDAÇÃO

Desde que assumiu o governo do Pará, Ana Júlia Carepa é alvo de críticas, que vão desde nepotismo até dar folga a servidores públicos às sextas-feiras. A questão do sistema carcerário do Estado abriu novo debate entre oposição e governo.
"Há uma tentação do governo de transferir responsabilidades. Há questões atemporais, que têm responsabilidades compartilhadas, e há questões que são de exclusiva responsabilidade do governo atual", diz o deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA), líder da minoria na Câmara. O PSDB governou o Pará durante 12 anos.
"O governo Lula não fez nenhum convênio novo para construção de presídios no Pará, femininos ou masculinos. A penitenciária feminina requerida pelo Estado anos atrás não foi feita", complementa.
O deputado Beto Faro (PT-PA) afirma que "há problemas que são de antes desse governo, como as poucas delegacias no Estado que tinham alas separadas para mulheres".
"Todos os procedimentos que estão sendo tomados são para corrigir isso. Vamos passar ainda por um período de transição, de etapas dos governos passados", diz Faro.
Adversários políticos lembram que Ana Júlia nomeou como assessoras especiais, lotadas em seu gabinete, a cabeleireira Manuella Figueiredo Barbosa e a esteticista Franciheli de Fátima Oliveira da Costa, que costumavam atendê-la.
Em julho, a governadora decretou ponto facultativo para todos os servidores públicos do Estado em três sextas-feiras do mês, durante o período de férias escolares. Na época, a assessoria informou em nota que o decreto formalizou uma prática já adotada informalmente.
A questão agrária é outro ponto que opõe adversários no Estado. "Houve um decreto absurdo, assinado por um delegado, que dizia que nenhum policial estaria autorizado a intervir em conflitos rurais ou urbanos com relação a terra, sem autorização da autoridade da capital. Isso foi [um ato] desmoralizado", diz Coutinho.
"O proprietário chegava com policiais que não estavam orientados para poder fazer isso e faziam a operação sem a autorização do comando. Tivemos um problema grave aqui, onde policiais se envolveram com assassinatos, ação de reintegração de posse mal sucedida. Tem que continuar as operações, mas tem que ter autorização do comando", afirma o petista Faro.


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