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Oposição diz que petista foge de sua responsabilidade
DA REDAÇÃO
Desde que assumiu o governo do Pará, Ana Júlia Carepa é
alvo de críticas, que vão desde
nepotismo até dar folga a servidores públicos às sextas-feiras.
A questão do sistema carcerário do Estado abriu novo debate entre oposição e governo.
"Há uma tentação do governo de transferir responsabilidades. Há questões atemporais,
que têm responsabilidades
compartilhadas, e há questões
que são de exclusiva responsabilidade do governo atual", diz
o deputado Zenaldo Coutinho
(PSDB-PA), líder da minoria na
Câmara. O PSDB governou o
Pará durante 12 anos.
"O governo Lula não fez nenhum convênio novo para
construção de presídios no Pará, femininos ou masculinos. A
penitenciária feminina requerida pelo Estado anos atrás não
foi feita", complementa.
O deputado Beto Faro (PT-PA) afirma que "há problemas
que são de antes desse governo,
como as poucas delegacias no
Estado que tinham alas separadas para mulheres".
"Todos os procedimentos
que estão sendo tomados são
para corrigir isso. Vamos passar ainda por um período de
transição, de etapas dos governos passados", diz Faro.
Adversários políticos lembram que Ana Júlia nomeou
como assessoras especiais, lotadas em seu gabinete, a cabeleireira Manuella Figueiredo
Barbosa e a esteticista Franciheli de Fátima Oliveira da Costa, que costumavam atendê-la.
Em julho, a governadora decretou ponto facultativo para
todos os servidores públicos do
Estado em três sextas-feiras do
mês, durante o período de férias escolares. Na época, a assessoria informou em nota que
o decreto formalizou uma prática já adotada informalmente.
A questão agrária é outro
ponto que opõe adversários no
Estado. "Houve um decreto absurdo, assinado por um delegado, que dizia que nenhum policial estaria autorizado a intervir em conflitos rurais ou urbanos com relação a terra, sem
autorização da autoridade da
capital. Isso foi [um ato] desmoralizado", diz Coutinho.
"O proprietário chegava com
policiais que não estavam
orientados para poder fazer isso e faziam a operação sem a
autorização do comando. Tivemos um problema grave aqui,
onde policiais se envolveram
com assassinatos, ação de reintegração de posse mal sucedida.
Tem que continuar as operações, mas tem que ter autorização do comando", afirma o petista Faro.
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