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Polícia quer
demolir versão
do panetone
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal acha possível derrubar a versão dos
panetones apresentada pelo
governador José Roberto Arruda (DEM) para justificar o
destino do dinheiro que aparece recebendo num vídeo.
Os policiais se baseiam em
depoimentos de Durval Barbosa, autor da gravação, e em
recibos assinados por Arruda
agradecendo a doação de recursos para comprar panetones: os recibos referentes aos
anos de 2004, 2005, 2006 e
2007, que constam no inquérito, serão periciados pelo
Instituto de Criminalística.
No último sábado, depois
que foi divulgada imagem do
governador recebendo maço
de notas de Durval Barbosa,
o governo disse que o dinheiro era uma colaboração recebida, em 2005, para financiar
ações sociais, entre as quais a
compra de panetones.
Mas, no comunicado lido
por Arruda na segunda, os
panetones sumiram da defesa do governador. Os recursos "eventualmente recebidos do denunciante" foram
"regularmente registrados
ou contabilizados, como foram todos os demais itens da
campanha eleitoral".
Arruda não apresentou
nenhuma outra contabilidade de gastos em sua campanha eleitoral de 2006, após a
aprovação de suas contas.
A única informação que
chegou ao Tribunal Regional
Eleitoral após essa data é
uma petição apresentada em
janeiro de 2007, na qual ele
devolve R$ 37 mil ao fundo
partidário, referente à sobra
de campanha. Ele levou à
Justiça 13 volumes de informações, com notas fiscais
dos gastos efetuados, cheques e recibos das doações.
Não há qualquer referência à
compra de panetones.
A Folha apurou que o governo do DF desconfiava que
Durval Barbosa poderia
apresentar a qualquer momento o vídeo no qual ele
entrega dinheiro a Arruda.
Segundo depoimento de
Barbosa à PF, aconselhado
por advogados, Arruda o
chamou no final de outubro
para assinar recibos sem datas para justificar os gastos.
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