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foco
Sem "clima", mulher de Arruda cancela jantar para doadores de seu instituto
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A crise gerada pela divulgação do suposto esquema de
pagamento de propina a políticos do Distrito Federal fez a
primeira-dama do DF, Flávia
Péres, suspender jantar de
confraternização exclusivo
para empresários que, neste
ano, contribuíram com ao
menos R$ 10 mil para o Instituto Fraterna, que ela dirige.
Flávia, casada com o acuado governador José Roberto
Arruda (DEM), se nega a tratar a quantia como o valor
"cobrado por um convite",
que daria direito, a 250 casais,
de participar da recepção inicialmente marcada para 11 de
dezembro, em um salão do
Itamaraty, na Esplanada dos
Ministérios, em Brasília.
O então chefe de gabinete
do governo, Fábio Simão,
convocou os principais empresários de Brasília para um
almoço, no dia 19 de novembro, na residência de Arruda.
Na reunião, Flávia agradeceu as contribuições em materiais de construção, cestas
básicas e também dinheiro
que recebeu para o Fraterna,
criado neste ano e que não
conta com recursos do governo. Disse, então, que queria
fazer uma confraternização,
mas que os locais eram limitados: haveria apenas 500 lugares (250 convites, com
acompanhantes).
"Uma das pessoas que estava no almoço é que sugeriu
que se tivesse como referência esse valor de R$ 10 mil de
contribuições ao longo do ano
para o instituto", disse Flávia.
Ela ressalvou, no entanto,
que "cada um interpreta as
palavras de uma maneira diferente, do que poderia ter
surgido um mal entendido".
Terminado o almoço, continuou Flávia, quem "quis" levou alguns convites consigo
para repassar a amigos, também como forma de colaborar com o Fraterna. "Como
era um jantar de confraternização, não tem mais clima.
Em um outro momento, eu
reúno essas pessoas que nos
ajudaram para poder agradecer", afirmou.
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