São Paulo, sexta-feira, 03 de fevereiro de 2006

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PAINEL

O profissional
Petistas que conhecem Dimas Toledo não desprezam seu potencial de assustar a oposição, mas acham que seria um "amadorismo" não-condizente com seu estilo cunhar uma lista, em papel timbrado de Furnas e com a sua assinatura, listando o destino do suposto caixa dois.

Banho-maria
Para justificar por que considera Toledo uma "raposa", um senador conta o que ouviu de um ex-ministro forte no Planalto: "É melhor deixar o Dimas onde está, porque se ele for nomeado ascensorista do palácio, acaba mandando no Lula".

Menino levado
José Graziano, que já havia aborrecido Antonio Palocci em razão de "fogo-amigo" recente, agora trombou com Roberto Rodrigues. O ministro da Agricultura concluiu que o assessor de Lula está conspirando para tomar-lhe o lugar.

Quando puder
A missão da CPI dos Correios que está nos EUA ouviu da Fincen, a agência norte-americana para crimes financeiros, que no pedido de informações sobre as contas de Duda Mendonça feito pelo governo brasileiro não havia nenhuma indicação de que se tratava de uma prioridade.

Elementar
Os companheiros de viagem do relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), deram a ele um novo apelido, inspirados pelo caráter "investigativo" da missão aos EUA e pelas pesadas roupas de frio do deputado: "Sherlock Holmes".

Na saudade
Relator do processo de cassação de João Paulo Cunha (PT-SP), Cezar Schirmer (PMDB-RS) cansou de esperar por documentos da CPI dos Correios. Após a promessa de que os papéis chegariam anteontem, não recebeu nem sequer um bilhete. Encerra a instrução na terça.

Ordem unida
Ferrenho defensor da reeleição no período FHC, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), tem dito a auxiliares que está "arrependido". Vai agora defender o fim da medida, a exemplo de José Serra.

Fim da brincadeira
O PT discute hoje na reunião de sua Executiva se já é hora de baixar o tom contra o governo. O presidente da sigla, Ricardo Berzoini, se encarregou de articular uma resolução "branda".

E os russos?
Berzoini quer mais chamamentos à reeleição de Lula e menos ataques à economia. Outros dirigentes falam em discutir já uma aliança com o PMDB. Falta combinar com a esquerda petista, agora mais robusta no PT.

Metodologia
A pesquisa Ibope que animou os tucanos Paulo Renato e José Aníbal na disputa pela sucessão de Geraldo Alckmin foi feita por telefone, o que limita a abrangência dos resultados.

Ligeira vantagem
Embora em situação de empate técnico com Orestes Quércia (PMDB) e com as duas opções tucanas apresentadas ao entrevistado, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) aparece numericamente à frente na pesquisa.

Visitas à Folha
Melvyn David Fox, diretor-presidente da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Roberto Zullino, diretor-executivo, e de Patrícia Blanco, diretora da Blanco Relações Públicas.
 
Antonio Luiz Rios da Silva, presidente da Visanet, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Andrea Marquez Fontes, diretora-executiva de Desenvolvimento Organizacional, e de José Carlos Mattos, assessor de imprensa.

TIROTEIO

Do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) sobre a pesquisa tucana que associou os pré-candidatos do PSDB ao Bandeirantes ao prefeito e ao governador:
- Só faltou perguntar ao eleitor se ele votaria no Paulo "Serra" Renato ou no José "Alckmin" Aníbal.

CONTRAPONTO

Melhor ficar na cama

No final do ano passado, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), da CPI dos Bingos, e os promotores Roberto Wider Filho e Amaro José Thomé Filho foram juntos aos Três Tombos, na zona sul de São Paulo, onde o prefeito petista de Santo André Celso Daniel foi seqüestrado, antes de ser assassinado, em 2002.
Enquanto batiam na porta de moradores em busca de novas testemunhas do caso, um temporal os pegou desprevenidos.
Mesmo diante da situação adversa, eles se mantiveram na busca. Mas, minutos depois, ficou claro que aquele não era o dia de Suplicy e dos promotores.
Amaro Filho, para se mostrar afável com uma família, foi brincar com um cachorro e tomou uma mordida na mão.
Já o senador Suplicy, distraído, acabou pisando no cocô do cachorro. Para completar, a investigação do caso pouco avançou naquele dia.


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