|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ELEIÇÕES 2006/REGRAS DO JOGO
PSDB e PFL discordam de fixação de teto de despesas eleitorais pelo TSE e prestação de contas on-line, medidas apoiadas por PT e PSOL
Projeto para reduzir gastos divide partidos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O início das discussões sobre o
projeto que reduz custos de campanha eleitoral mostrou ontem
que a proposta aprovada no Senado deverá ser mais modificada na
Câmara do que se imaginava até
então. A previsão é que o texto seja votado na próxima semana.
Reunidos por mais de duas horas, os líderes não conseguiram
chegar a um consenso sobre o texto que pretende alterar o projeto
de autoria do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC). "Trata-se de
uma tentativa de remendar um
tecido roto", resumiu o deputado
Chico Alencar (PSOL-RJ).
O relator do projeto substitutivo
é o deputado Moreira Franco
(PMDB-RJ), que apresentou na
reunião a primeira versão do novo texto. Apenas três ou quatro
itens da proposta dele poderão
evoluir para a formação de um
acordo para votar o projeto na semana que vem.
Existem resistências das mais
diversas em todos os partidos. A
começar pelo estabelecimento de
um teto único para o gasto de todas as campanhas até a divulgação das arrecadações na internet.
O PT, com o apoio do PSOL,
tenta emplacar a instituição do teto, cujo valor, de acordo com o
texto do deputado Moreira Franco, seria estabelecido pelo TSE
(Tribunal Superior Eleitoral).
A proposta não tem o apoio do
PFL e do PSDB. "Não podemos
deixar essa responsabilidade para
o TSE. Nós, os deputados, é que
deveríamos estabelecer um teto",
afirmou Ronaldo Caiado (PFL-GO), que foi relator do projeto de
reforma política na comissão especial criada na Câmara.
Pefelistas e tucanos discordam
também da proposta sobre divulgação de doações, que passaria a
ser feita na internet. Aceitam que
os dados sejam disponibilizados
na rede, mas defendem que sejam
omitidos os nomes dos doadores.
Até agora, os pontos em que pode haver acordo estão relacionados à propaganda na rua, como a
veiculação de propaganda política em postes de iluminação, sinais
de trânsito e passarelas.
Todos os líderes também concordam com a proibição de showmícios -eventos em palanques
públicos com a presença de artistas como duplas sertanejas.
Há também disposição para
proibir a distribuição de camisetas e brindes como canetas, chaveiros e bonés. Mas o PSOL reivindicou o uso de broches, e o
PDT quer manter as camisetas.
Outro ponto que tem encontrado respaldo entre os líderes é a inclusão no projeto da responsabilidade compartilhada entre o tesoureiro de campanha e o candidato sobre a prestação de contas.
(ADRIANO CEOLIN)
Texto Anterior: Justiça: CUT quer processar tucana por difamação Próximo Texto: Frase Índice
|