|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Aldo descarta ir para o ministério e atua a favor de Ciro-2010
Derrotado, ex-presidente da Câmara será um dos principais dirigentes do bloco de cinco partidos que soma 68 deputados
"Criamos um eixo político para nos diferenciar do PT. Vamos preservar a relação de independência com o PT", afirma o comunista
KENNEDY ALENCAR
ADRIANO CEOLIN
LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-presidente da Câmara
Aldo Rebelo (PC do B-SP) está
propenso a submergir politicamente, descartando a possibilidade de ser ministro e atuando
para tentar viabilizar a candidatura presidencial de Ciro Gomes (PSB) em 2010.
Aldo será um dos principais
dirigentes do bloco formado
por PSB, PDT, PC do B, PAN e
PMN, que soma 68 deputados,
cinco governadores e oito senadores. "Criamos um eixo político para nos diferenciar do PT.
Vamos preservar a independência do PT", afirmou Aldo.
Na avaliação dos dirigentes
do bloco, a disputa com Chinaglia deixou claro que o PT quer
ter candidato a presidente em
2010. Aldo e Ciro avaliam que a
manutenção do bloco é fundamental para que tenham peso
no governo e consigam apoio
de setores do PSDB e PFL.
O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), já admitiu quer votaria em Ciro em
2010. E o PFL apoiou Aldo, não
o PSDB, seu aliado na oposição.
Os partidos do bloco enfrentaram a aliança entre PT e
PMDB para eleger Chinaglia e
são importantes para assegurar
ao presidente Lula uma maioria na Câmara mais sólida do
que no primeiro mandato.
Lula pretende compensar o
grupo na reforma ministerial,
mas a possibilidade de Aldo integrar o ministério é pequena.
"Saindo da disputa como saí,
enfrentando o PT, com o apoio
que setores do governo deram
ao PT, não julgo adequado integrar ministério", disse ontem.
No início de janeiro, Lula sugeriu a Aldo e Chinaglia que fizessem um acordo para lançar
um candidato único. O que desistisse seria compensado com
um ministério. Como ambos
recusaram, Lula se sente liberado em relação aos dois.
Ontem, durante evento em
São Paulo, Lula afirmou que
"Aldo é um companheiro extraordinário", mas não disse se
ele teria lugar no ministério.
Ele acredita, porém, que o
apoio de Aldo e dos presidentes
da Câmara e do Senado são importantes para que o governo
cumpra suas metas para o segundo mandato. Diante disso,
adiantou que conversará, na segunda-feira, com Aldo, Chinaglia e Renan. "Precisamos fazer
com que a Câmara ajude o governo a cumprir a programação
estabelecida no PAC", afirmou.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Eleição não cria racha na base aliada, diz Lula Índice
|