DA REPORTAGEM LOCAL

Desde dezembro, o novo presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Eduardo Bittencourt Carvalho, é investigado no Brasil e nos EUA por supostas contas ilegais mantidas em bancos americanos.
O ex-secretário particular Ruy Imparato afirmou ao Ministério Público que Bittencourt remeteu cerca de US$ 15 milhões para o exterior sem declarar à Receita.
Segundo documentos, o conselheiro teria transferido o saldo de uma conta no banco Lloyds TBS, em Miami (Flórida), para uma no First Hawaiian, em Honolulu (Havaí). Bittencourt afirmou que não comentará o caso e atribuiu as acusações à ex-mulher, com quem está em disputa judicial.
O Ministério Público investiga uma sociedade formada entre Bittencourt e a "offshore" Justinian Investment Holding, empresa aberta nas Ilhas Virgens Britânicas. A Justinian e o conselheiro foram sócios da fazenda Anhumas, em Corumbá (MS), adquirida em 1998 por Bittencourt por aproximadamente R$ 1 milhão. O Ministério Público apura se a sociedade serviu para eventuais atividades ilícitas, como reintegração de dinheiro depositado ilegalmente no exterior.
O nome do verdadeiro proprietário da Justinian é desconhecido pelas autoridades -o sigilo é uma garantida assegurada pelo paraíso fiscal.
Bittencourt foi indicado há 17 anos para o TCE, órgão de apoio da Assembléia que cuida da fiscalização financeira, operacional e patrimonial do Estado e municípios.


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