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Após renúncia,
Renan retoma
força na Casa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Principal articulador da
candidatura de José Sarney
(PMDB-AP), Renan Calheiros (PMDB-AL) retoma seu
protagonismo na Casa após
ter renunciado à presidência
em 2007, por conta de denúncias de corrupção.
Como a Folha revelou, o
senador ainda é investigado
pela Procuradoria Geral da
República em inquérito que
corre em segredo de Justiça.
Ontem Renan assumiu o
comando do novo bloco
PMDB-PP, com 21 senadores. Ao lado de Sarney, será o
principal interlocutor da base governista junto a Lula, e
ganha importância nas negociações para formação das
chapas ao Planalto em 2010.
Renan foi comedido ao comemorar a vitória sobre
Tião Viana (PT-AC), que foi
apoiado pelo PSDB. "Preciso
demonstrar equilíbrio. A
gente sai melhor da crise."
Ainda que tenha deixado
de frequentar a tribuna em
votações importantes, Renan jamais deixou de articular nos bastidores. Também
não perdeu sua interlocução
com o Planalto. Desde novembro passado, defendeu
que o PMDB ficasse com a
presidência do Senado por
ter a maior bancada. Sem poder contar com Sarney de
imediato, estimulou a reeleição de Garibaldi Alves Filho
(PMDB-RN), determinante
para que a candidatura de
Viana não se firmasse.
Na reunião ministerial de
ontem, o presidente Lula
disse que, se Sarney tivesse
decidido concorrer "há um
ou dois meses", teria sido
candidato único. Eles conversaram ao menos três vezes sobre isso, mas Sarney
garantiu que não disputaria.
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