São Paulo, terça-feira, 03 de fevereiro de 2009

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Após renúncia, Renan retoma força na Casa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Principal articulador da candidatura de José Sarney (PMDB-AP), Renan Calheiros (PMDB-AL) retoma seu protagonismo na Casa após ter renunciado à presidência em 2007, por conta de denúncias de corrupção.
Como a Folha revelou, o senador ainda é investigado pela Procuradoria Geral da República em inquérito que corre em segredo de Justiça.
Ontem Renan assumiu o comando do novo bloco PMDB-PP, com 21 senadores. Ao lado de Sarney, será o principal interlocutor da base governista junto a Lula, e ganha importância nas negociações para formação das chapas ao Planalto em 2010.
Renan foi comedido ao comemorar a vitória sobre Tião Viana (PT-AC), que foi apoiado pelo PSDB. "Preciso demonstrar equilíbrio. A gente sai melhor da crise."
Ainda que tenha deixado de frequentar a tribuna em votações importantes, Renan jamais deixou de articular nos bastidores. Também não perdeu sua interlocução com o Planalto. Desde novembro passado, defendeu que o PMDB ficasse com a presidência do Senado por ter a maior bancada. Sem poder contar com Sarney de imediato, estimulou a reeleição de Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), determinante para que a candidatura de Viana não se firmasse.
Na reunião ministerial de ontem, o presidente Lula disse que, se Sarney tivesse decidido concorrer "há um ou dois meses", teria sido candidato único. Eles conversaram ao menos três vezes sobre isso, mas Sarney garantiu que não disputaria.


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