São Paulo, segunda-feira, 03 de abril de 2000


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ELEIÇÕES
Executiva sinaliza a decisão, mas espera convenção
Liderança do PPS quer apoio à candidatura Erundina em SP

DENISE MADUEÑO
da Sucursal de Brasília

Apesar da campanha do pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Roberto Mangabeira Unger, o PPS deverá formalizar o apoio à candidatura da deputada Luiza Erundina (PSB). A posição do partido é quase unânime em não lançar candidatura própria na capital paulista em defesa do apoio ao PSB.
"O caminho é esse", afirmou o presidente do PPS, senador Roberto Freire (PE). O PPS sugeriu o nome do deputado Emerson Kapaz (PPS) para vice na chapa de Erundina, mas não vai se opor a outro nome que surgir para ocupar o lugar na aliança em torno da candidatura do PSB.
"Erundina tem uma política mais aberta em relação a nós (PPS), participou conosco do governo do presidente Itamar Franco (1993-1994), tem uma proposta política, tem experiência e é a melhor resposta para enfrentar a bandalheira em São Paulo", afirmou Freire.
Erundina foi ministra da Administração do governo Itamar, e Freire, então deputado, foi o líder do então presidente na Câmara.
Durante abertura da reunião da Executiva do partido neste final de semana em Brasília, o pré-candidato do PPS à Presidência da República, Ciro Gomes (CE), afirmou que, nas grandes capitais como Rio e São Paulo, as convenções que escolherão os candidatos deverão manter a dimensão nacional das candidaturas.
Ciro não afirmou publicamente, mas a cúpula do partido entende que, nessa estratégia, não caberia a candidatura de Mangabeira Unger, que poderia ser considerada uma "aventura" partidária. O professor e filósofo Unger é uma espécie de mentor intelectual da candidatura de Ciro Gomes.
Em São Paulo, o PPS tem sete deputados estaduais, quatro federais, 59 prefeitos e cerca de 400 vereadores, que não têm voz na questão da capital, mas influenciam na decisão do partido. De acordo com o calendário eleitoral, as convenções partidárias se realizarão em junho.
Nesta semana, o governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), responderá oficialmente se apóia ou não a pré-candidata do PPS à Prefeitura de Fortaleza, Patrícia Gomes. O PPS formalizou o pedido de apoio ao governador.
Apesar de integrar a cúpula tucana, Tasso e Ciro mantêm afinidades políticas.
O PPS aprovou ontem a obrigatoriedade de todos os pré-candidatos do partido a aceitarem a quebra de seus sigilos em caso de denúncias.



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