São Paulo, segunda-feira, 03 de abril de 2000


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Nicéa acusa Pitta de ameaçá-la de morte e diz que vai à Justiça

da Reportagem Local

A ex-primeira-dama de São Paulo, Nicéa Pitta, acusou o prefeito Celso Pitta de ameaçá-la de morte. Os advogados de Nicéa -cujos nomes prefere não revelar- devem entrar a partir de hoje com várias ações judiciais contra Pitta. A acusação será baseada em entrevista concedida por Pitta ao jornal "O Globo", em que o prefeito disse que não deve ser culpado se algo acontecer a Nicéa. Pitta afirmou que Nicéa "atraiu para si uma inimizade sem par". Na entrevista, o prefeito concluiu que não sabe se esses inimigos seriam capazes de um atentado: "Quem mente e acusa as pessoas levianamente, deve se cuidar", disse Pitta na entrevista. Para Nicéa, as palavras do prefeito são uma ameaça e uma tentativa de intimidá-la. "Não venha ele dizer agora que está preocupado. É uma ameaça. Quando ele diz "não me culpem", está querendo se justificar, para não o culparem. Por quê? Algum dia se preocupou comigo ou com os filhos?", disse. Ela comparou as declarações de Pitta a outras ameaças de morte que estaria recebendo. "É compreensível. As pessoas quando mentem perdem a bússola e a noção que estão fazendo". Para Nicéa, as pessoas que vem denunciando seriam capazes de um atentado contra sua vida. "Diante de tanta mentira, maldade e corrupção, são capazes de tudo. Mas nada disso vai me fazer calar. Só quem me cala é Deus", afirmou. A ex-primeira-dama disse não temer as críticas que vem sofrendo por não ter provas materiais. Segundo ela, o Ministério Público não apreenderia documentos na prefeitura e na casa do secretário municipal de Governo, Carlos Augusto Meinberg, se não acreditasse em suas declarações. Nicéa disse ainda que Pitta, na separação do casal, teria levado para o flat onde mora atualmente documentos que ela vinha guardando em um dos banheiros de seu apartamento. O prefeito teria conseguido a chave com uma das empregadas. Segundo Nicéa, havia papéis que Meinberg esquecia em sua casa. Nicéa disse duvidar que vereadores do PT e do PSDB recebessem propina da prefeitura. "Não ouvi falar que estivessem na lista do Meinberg", disse. "É uma tentativa de confundir a população".


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