São Paulo, sábado, 03 de abril de 2004 |
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PAINEL Mesa para três Uma reunião entre Lula, José Dirceu e Aldo Rebelo na noite de quarta formalizou a passagem da articulação política do chefe da Casa Civil para o ministro do PC do B. O presidente prometeu ao "empossado" respaldo para agir em seu nome nas negociações com o Congresso. Vitamina C Foi a reunião com Lula que levou Aldo Rebelo a "falar grosso" pela primeira vez, na quinta, como articulador político do governo. Ciente de que não tem o peso do antecessor, ele seguirá à risca as ordens do presidente. Ameaça latente A começar por Lula, ninguém acredita que Dirceu se contentará com as novas funções, de caráter administrativo. A reação, porém, não é esperada para já. Joelho no milho Transferido para a "gerência" do governo, Dirceu já fez sua primeira vítima. Durante reunião com Humberto Costa na quinta, pegou pesado ao cobrar velocidade na implantação do programa Farmácia Popular. Pau-de-arara Dirceu ficou a sós com o ministro da Saúde por 15 minutos, durante os quais fez as cobranças. Em seguida, ao lado de assessores, ouviu exposição de Humberto Costa e auxiliares sobre as prioridades da pasta. O formato da sabatina será repetido com outros ministros. Segunda época Com o cargo na berlinda, Humberto Costa lançará neste mês, ao lado de Lula, o Qualisus, programa para melhorar o atendimento de urgência nos hospitais do SUS. O projeto será implementado inicialmente em cinco hospitais do Rio. Bomba-relógio O Planalto teme que Renan Calheiros, uma vez preterido na sucessão no Senado, indique os membros do PMDB na CPI dos bingos, viabilizando a comissão. Idéias sobrepostas Petistas criticam o governo por enviar ao Congresso projeto de lei regulamentando a emenda 29, relativa a gastos com saúde. Já tramitam projetos sobre o tema na Câmara -de Roberto Gouveia (PT-SP)- e no Senado -de Tião Viana (PT-AC). Tudo pelo superávit Ao contrário do projeto do Executivo, as propostas dos petistas não consideram gastos com alimentação, habitação e saneamento como despesas com saúde. "Não vamos colocar vidas em risco para fazer superávit", protesta Gouveia. Rota alternativa Insatisfeito com os sinais de que não será escolhido pelo Planato para vaga no STF, o peemedebista Michel Temer deverá oficializar em breve sua candidatura a prefeito de São Paulo. Fã incondicional Do deputado tucano Alberto Goldman (SP), sobre a disputa paulistana: "Há desejo expresso da população de acabar com as carreiras de Marta e Maluf. O nome para isso é o de Serra". Rei Salomão Para acalmar José Aristodemo Pinotti e Romeu Tuma, em disputa pela vaga do PFL na eleição paulistana, o presidente do partido, Jorge Bornhausen, acena com solução heterodoxa: formar uma chapa com os dois. Plano B Embora o PFL tenha formalizado decisão por candidatura própria, Romeu Tuma não esconde que aceitaria de bom grado ser vice em hipotética chapa encabeçada por José Serra. Castigo em família O secretário paulistano dos Transportes, Jilmar Tatto, transtornou a rotina do irmão Arselino. Por conta das obras na cidade, o presidente da Câmara tem feito em uma hora percurso antes realizado em 20 minutos. TIROTEIO Do deputado Paulo Bernardo (PT-PR), sobre a revelação de conversa entre o subprocurador Santoro e Carlinhos Cachoeira: -Assim como o governo torceu pela chegada do Carnaval para que baixasse a poeira do caso Waldomiro, o Ministério Público espera agora pela chegada da Páscoa ou de fita nova. CONTRAPONTO Cochilo fatal
No início da década de 80, o
então senador Leite Chaves,
eleito pelo MDB do Paraná, decidiu engajar-se na campanha
de uma mãe para recuperar a
guarda da filha, à época morando com o pai em Telavive. |
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