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Aliado de presidenciável sugere
que ele encerre greve e se defenda
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do PMDB, Michel
Temer, disse ontem que a greve
de fome iniciada domingo pelo
ex-governador do Rio Anthony
Garotinho não conta com o respaldo do PMDB e que representa
um gesto unilateral, "que não ajuda em nada". Temer exortou Garotinho a encerrar o protesto e se
defender das acusações de irregularidade no financiamento de sua
pré-campanha à Presidência.
As críticas de Temer têm um peso importante já que o presidente
da legenda era um dos principais
aliados de Garotinho na tentativa
de dobrar a resistência peemedebista em ter um candidato próprio à sucessão do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
"O partido não foi consultado,
não é um gesto do partido. O
PMDB não tem absolutamente
nada a ver com esse gesto, que é
unilateral, que não ajuda em nada", declarou Temer.
O presidente do PMDB disse
que uma saída para a situação seria Garotinho encerrar a greve de
fome e ir "a público responder,
com o espaço que a mídia lhe daria, as acusações". Temer afirmou
ainda não ter ligado para Garotinho já que não poderia dar respaldo ao gesto político.
O PMDB deve tirar no dia 13,
em convenção, um indicativo se
terá ou não candidato à Presidência. Com o enfraquecimento da
candidatura Garotinho, a tendência é de que o partido não apresente um candidato próprio: em
1998, o PMDB não lançou ninguém e, em 2002, apoiou o PSDB.
O presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), que é defensor da não-candidatura, também atacou Garotinho. "É um
gesto pessoal, unilateral, que
mostra, com todo o respeito a ele,
falta de maturidade absoluta. Alguém que se coloca como candidato a presidente fazer greve de
fome? É um péssimo precedente",
disse Renan.
(RANIER BRAGON)
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