São Paulo, quarta-feira, 03 de maio de 2006 |
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TODA MÍDIA Nelson de Sá Um eixo do mal?
A Bolívia fez manchetes
nos canais de notícias pelo
mundo, da CNN à Telesur de
Hugo Chávez.
Nesta última, destaque para
longa entrevista ao vivo com
Evo Morales, com perto de uma
hora, por volta das 20h. Contido
na retórica, o boliviano louvou o
Brasil e a integração regional
-e tratou de responsabilizar,
ele também, a mídia:
- Ouvi comentários de que
com esta nacionalização faltaria
gás ao Brasil, a São Paulo. Isso é
totalmente falso. Somos aliados
estratégicos. Alguns meios de
comunicação quiseram nos
confrontar com o companheiro
Lula, do Brasil. Alguns meios
tratam de nos dividir, e isso não
vai acontecer.
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O preço Com ações em alta, apesar do alarido, o problema maior para a Petrobras, como se evidenciou no início da noite, é mesmo o custo. Do "SBT Brasil", ontem nas manchetes: - Lula diz que Petrobras fica na Bolívia, descarta racionar gás, mas preço deve subir. Já o "Jornal Nacional", em sua reportagem, noticiou que para o consumir o preço não sobe -decisão de Lula. Meio milhão A questão é central para a campanha, apontou o blog de Fernando Rodrigues: - O produto terá seu preço elevado. Resta saber o quanto o governo está disposto a absorver da alta, para que o consumidor-eleitor não sinta os efeitos. No Noblog, Ricardo A. Setti deu números ao eventual "sério transtorno em pleno início da campanha": - A Comgás atende a meio milhão de residências. Mote eleitoral Geraldo Alckmin, falando do Ceará para a Folha Online e o "JN", reclamou que "a estratégia internacional do governo vem sendo errática" e cobrou ação contra a Bolívia, em defesa do "interesse nacional". Sem o aumento no preço do gás para o consumidor-eleitor, porém, são palavras que podem ser respondidas por outras. Por exemplo, o blog de Sérgio Léo vem questionando "a campanha que descreve a política externa como uma coleção de fracassos" -o que até "pode ser um bom mote para as eleições, mas não é verdade". Versus Mas o conflito retórico entrou no ar, com o Primeira Leitura criticando "os perfeitos idiotas latino-americanos" -e o Carta Maior defendendo Evo Morales, em textos de Emir Sader, Flávio Aguiar e outros. @ - nelsondesa@folhasp.com.br
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