São Paulo, quinta-feira, 03 de maio de 2007

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REPERCUSSÃO

LUCIANO COUTINHO, 60, presidente do BNDES:
"Ele foi um grande modernizador empresarial do jornalismo brasileiro. Sempre fiel ao papel crítico-inteligente que imprimiu à Folha de S.Paulo. Tive o privilégio de conviver em vários momentos com seu diálogo arguto e não raro polemizante. Tinha por ele um afeto espontâneo e, por isso, seu falecimento me entristece."

ROMEU TUMA, 75, senador (DEM-SP, ex-PFL):
"Foi uma pessoa dedicada a bem informar, com correção, com sinceridade, passou momentos difíceis em um período difícil da história nacional. Para mim, ele foi exemplo de homem e um bom conselheiro. Foi sempre muito lúcido, objetivo e tranqüilo. Eu acho que vamos sentir muita falta dele."

COSETTE ALVES, empresária:
"É uma grande perda para mim e para todos os amigos dele -pela coragem, pelo carinho e principalmente pelos ensinamentos que ele sempre nos deu. Ele era para mim uma espécie de guia mesmo. Perdemos um grande amigo e um grande brasileiro. Ele amava o Brasil. Estou muito triste."

PEDRO HERZ, 66, diretor-presidente da Livraria Cultura:
"Octavio Frias de Oliveira deixou uma marca ímpar não só na imprensa brasileira como no mercado editorial. Deu voz a uma pluralidade de opiniões e criou um modelo moderno de "publishing" que se tornou um exemplo para o país. Somos todos devedores do "seu" Frias."

MARCO BOLOGNA, 51, presidente da TAM:
"Além de guardião da liberdade de imprensa, o sr. Octavio Frias foi também grande inovador, que enriqueceu a história do jornalismo brasileiro."

ROBERTO RODRIGUES, 64, ex-ministro da Agricultura:
"A democracia só se constrói e se controla com instituições fortes. De modo que defender as instituições é uma maneira de construir uma democracia e fazê-la presente. Dr. Octavio foi um grande defensor da democracia. Foi um campeão na construção da mesma."

PAULO NOGUEIRA BATISTA JR., 52, diretor-executivo no FMI:
"Frias foi uma das principais figuras do jornalismo brasileiro no século 20. Fundou e conduziu com maestria o jornal de maior circulação do país ao longo de muitas décadas, imprimindo a ele uma indiscutível marca de qualidade."

MIGUEL JORGE, 64, ministro do Desenvolvimento:
"Considero uma perda importante para o jornalismo, pela postura de "seu" Frias e pela dedicação que sempre teve pelo jornal até o momento que precisou se afastar da Redação. Muitas vezes o encontrei nove ou dez horas da noite em seu escritório trabalhando como se fosse um jovem editor. O jornalismo irá sentir sua falta."

JOSÉ TADEU JORGE, 54, reitor da Unicamp:
"Pelo estilo vibrante que imprimiu a seus veículos de comunicação, Octavio Frias de Oliveira ficará como um dos inventores da imprensa brasileira moderna. O Brasil perde um de seus grandes empreendedores. A obra, entretanto, terá continuadores."

JOSÉ GREGORI, 76, ex-ministro da Justiça (FHC):
"Foi um exemplo do homem vitorioso. Eu sei o quanto foi importante para nós, ao sairmos da ditadura, o fato de a Folha estar sempre aberta para os perseguidos e os que não tinham voz."

ROSEANA SARNEY, 53, senadora (PMDB-MA):
"O dr. Frias foi um baluarte da imprensa porque deu mais respeito, mais verdade e credibilidade para a imprensa. Pessoalmente era uma pessoa íntegra e correta. Vai fazer falta."

LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO, 61, professor de história do Brasil:
"A Folha de S.Paulo, sob a direção de Octavio Frias, teve um papel fundamental na transição democrática."

MARINA SILVA, 49, ministra do Meio Ambiente:
"Octavio Frias deixa seu nome inscrito ao lado daqueles que lutaram por uma imprensa livre e pela reconstrução da democracia brasileira. Que Deus conforte sua família e amigos enlutados."

ANTONIO KANDIR, 54, ex-ministro do Planejamento (FHC):
"Foi um dos melhores professores que já tive."

ALCIDES TÁPIAS, 64, ex-ministro do Desenvolvimento (FHC):
"Frias foi uma pessoa muito importante para a imprensa e, afora dedicar a sua vida pessoal, engajou dois filhos no processo, que agora terão a responsabilidade de continuar a obra que ele está deixando. O Frias foi meu amigo e estou muito triste com o passamento dele."

MARCIO CYPRIANO, 63, presidente do Bradesco:
"A perda de Octavio Frias é motivo de grande pesar para todos os brasileiros. Perdemos um dos mais ilustres homens da imprensa brasileira, que deu grande contribuição ao perfil da nova sociedade do Brasil."

EDUARDO EUGÊNIO GOUVÊA VIEIRA, 58, presidente da Firjan:
"Octavio Frias foi um empresário que contribuiu para a consolidação da democracia brasileira. Ao final de sua vida, sua obra no meio jornalístico é referência para todos os demais veículos de comunicação."

WILMA DE FARIA, 62, governadora do Rio Grande do Norte (PSB):
"O Brasil perde um traço de lucidez, uma testemunha de grandes momentos da história do país, um defensor da liberdade. Ele conseguiu transformar seus ideais em páginas impressas de independência. Estive com ele em 2003 e guardo lições de sabedoria, conhecimento do Brasil e, sobretudo, humildade."

ANTONIO PALOCCI FILHO, 46, ex-ministro da Fazenda (Lula):
"O sr. Octavio Frias construiu instituições extraordinárias para o país tanto no campo do jornalismo quanto no empresarial. No plano pessoal, ele sempre foi uma pessoa muito gentil, pessoa muito generosa."

NOTA DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE JORNAIS (ANJ):
"O Brasil perde, com a partida de Octavio Frias de Oliveira, um exponencial de sua vida política, econômica e social. E a imprensa brasileira se desfalca de uma de suas mais brilhantes figuras. Empresário de aguda visão, Octavio Frias de Oliveira se projetou não apenas na área específica dos negócios, onde se destacou nos segmentos financeiro e imobiliário. Ele foi além. Teve do Brasil do século 20 uma percepção privilegiada, contribuindo para o aperfeiçoamento da nossa vida empresarial e política e para a consolidação da democracia no país.
Sua contribuição mais marcante foi no segmento da comunicação social, especialmente na modernização da imprensa brasileira, de que o Grupo Folha se tornou um exemplo, mas também na ampliação da atividade jornalística, projetando para outros veículos -como o portal UOL, o Instituto Datafolha, o jornal "Agora" e o diário econômico "Valor"- o padrão de qualidade da Folha."

FRANCISCO DE OLIVEIRA, 73, sociólogo:
"Sobre a Folha, posso dizer que fez um enorme serviço para o país quando, nos anos 70, Claudio Abramo abriu o jornal para o debate, dando lugar para a ventilação de idéias que antes ficavam recolhidas na universidade. Isso foi feito com o consentimento do dono. Mais recentemente, o jornal tem ficado, a meu ver, conservador."

ANTHONY GAROTINHO, 47, ex-governador do Rio:
"O principal legado de Octavio Frias de Oliveira foi o compromisso com o jornalismo efetivamente plural. Sob a inspiração e determinação do sr. Frias, a Folha consagrou-se como um jornal verdadeiramente independente."


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