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Para Mendes, paralisia na Casa atrapalha atuação de conselhos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Por conta da crise no Senado,
o CNJ (Conselho Nacional de
Justiça) e o CNMP (Conselho
Nacional do Ministério Público) estão paralisados, sem conselheiros e com acúmulo de
processos administrativos.
Ontem, após encontro com
José Sarney (PMDB-AP), no
Senado, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar
Mendes, afirmou que "ajudará
muito o CNJ se o Senado deliberar sobre a aprovação dos nomes já indicados".
Os dois órgãos já tiveram que
adiar sessões e, apesar de não
haver paralisação dos trabalhos
neste mês, criou-se, na prática,
um "recesso forçado". No caso
do CNJ, mais de 3.600 processos aguardam julgamento.
Cabe ao Senado aprovar os
indicados para compor cada
um dos conselhos. O CNJ tem
14 conselheiros, além do presidente do STF. Já o CNMP tem
14 membros, entre eles o novo
procurador-geral da República
-Roberto Gurgel, que aguarda
ser sabatinado no Senado.
Até agora, a Casa só aprovou
o nome de cinco conselheiros
no órgão da Procuradoria e de
um no do Judiciário. Lula espera a aprovação de todos para fazer uma nomeação conjunta.
No CNJ, só Mendes, o corregedor Gilson Dipp e o conselheiro Marcelo Nobre estão
atualmente no quadro. Já no
CNMP, apenas um integrante,
Sérgio Feltrin, atua no órgão. O
Senado recusou esta semana a
indicação de dois nomes para o
conselho.
(FELIPE SELIGMAN)
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