 |
 |
 |
 |
São Paulo, sexta, 3 de julho de 1998
 |
 |
|
Próximo Texto | Índice PAINEL Feitiço perigoso Causa incômodo em caciques do comando da campanha de FHC o fato de ACM estar prevendo vitória do presidente no 1º turno. Criada essa expectativa, a eventualidade de uma 2ª rodada teria sabor de derrota. Manual da faturadinha Quem conhece política entende porque ACM alardeia que FHC vencerá no 1º turno. Se não acontecer, já se sabe quem será o pai da derrota: o próprio candidato. No caso de vitória, ela terá tido um arauto: o pefelista. Fechando a retaguarda O comitê de FHC está selecionando um grupo de parlamentares que funcionará como uma espécie de tropa de choque durante o recesso do Congresso. Para ser acionado a cada ataque articulado pela oposição. Páreo duro O mau humor demonstrado por Lula nos últimos dois dias lhe rendeu um apelido no partido. "É o Covas do PT", diz-se. Farra eletrônica Uma raposa diz que um estrangeiro que tivesse chegado nos últimos dias ao Brasil e assistido TV concluiria que todas as emissoras são públicas. Só deu propaganda do governo. Decifra-me Nem PFL nem PSDB. Os correligionários de Hélio Garcia dizem que ele sai de "candidatura escoteira" ao Senado em Minas. Ou seja: sozinho, pelo PTB. Canoa furada Dissidentes contumazes do PSDB, os baianos Jabes Ribeiro e Mário Negromonte estiveram ontem no comitê de FHC. Foram pedir apoio para abrir dissidência em favor de FHC na campanha de João Durval (PDT), que os tucanos apóiam na Bahia. Briga petista O grupo de Benedita da Silva não quer que Chico Alencar tenha destaque como puxador de votos na campanha para deputado estadual do PT no Rio. A senadora, que pretende ser candidata a prefeita no ano 2000, vê Alencar como adversário. Mudando de conversa Coordenador político da campanha de FHC, Euclides Scalco oficializou ontem que o palanque do presidente em São Paulo é o de Covas. Mas abriu possibilidade que não constava das expectativas tucanas: a de FHC vir a subir também no de Maluf. E agora, como fica? A presença exclusiva de FHC no palanque de Covas já no 1º turno da eleição era a única que os tucanos tinham como certa. Diziam que este era o acerto do presidente com Maluf, ao combinar o apoio do PPB à reeleição. Esperteza demais FHC fez um apelo a fim de que Covas, pelo menos, adiasse seu pedido de licença para concorrer à reeleição. Tucanos, que espalham que os dois estão bem, contradizem-se ao falar que o presidente não gostou da atitude de Britto (PMDB-RS), que fez o mesmo que o governador de SP. Pensamento vivo Cartaz afixado pelo publicitário Nizan Guanaes sobre uma caixa de fusíveis do comitê de FHC: "O real é uma moeda forte, mas não nasce em árvore. Apague a luz". Outro aviso ao lado do elevador ensina: "Aproveite que você está esperando para pensar como pode conquistar mais um voto". Viu que é fria Deputado federal, Eduardo Jorge recusou convite ontem para ser vice na chapa de Marta Suplicy ao governo de São Paulo. Alegou ter compromisso, com sua base, de disputar a reeleição. Também quero A dificuldade de o PT paulista encontrar um nome de expressão para vice de Marta Suplicy pode causar problemas com partidos coligados. Se é para ter alguém de 2º time, PC do B e PPS acham que podem indicar. Pensando O escritor e jornalista Marcelo Rubens Paiva foi sondado para ser vice de Alfredo Sirkis, candidato do PV à Presidência. TIROTEIO Do presidente do PT, José Dirceu, sobre FHC não ter recebido oficialmente o apoio prometido pelo PMDB governista, que fez um ato pela reeleição do presidente ontem em Brasília: - Após as imoralidades que o governo bancou na convenção do PMDB em março, é um atestado de incompetência do alto comando tucano-pefelista não ter obtido o apoio oficial. CONTRAPONTO Coisa de fracassomaníaco No Palácio do Planalto, ouviu-se ontem uma piada sobre a linha das propagandas do governo. Há uma ala palaciana que critica a gestão de Sérgio Amaral na Secretaria de Comunicação Social da Presidência. Um dos críticos dizia que a propaganda tinha de ser mais informativa e menos publicitária. Ironizava que a população tende a desconfiar do governo. Por isso, o excesso de produção poderia gerar a idéia de que se quer maquiar a realidade. E contou uma piada para tentar se explicar. Um motorista vinha a 120 km/h quando foi parado por um guarda: - O sr. sabia que está com excesso de velocidade? - Não, seu guarda. - Não adianta querer me enganar. Tem um placa novinha ali atrás mostrando que o limite é de 80 km/h. - Seu guarda, não costumo acreditar no que leio. E a placa tava tão bonita, tão limpa, que achei que era de mentira. E-mail: painel@uol.com.br Próximo Texto | Índice |
|
|