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SUCESSÃO
Ala governista do PMDB faz manifestação pró-reeleição no Senado
FHC diz a peemedebistas que
defenderá "cores" tucanas
da Sucursal de Brasília
Cercado de
políticos peemedebistas, o
presidente Fernando Henrique Cardoso
disse ontem que
vai "respeitar"
as candidaturas regionais dos partidos aliados, mas não escondeu
que fará campanha pelos tucanos.
"O presidente não vai esconder
nunca as cores do seu partido porque seria indigno", afirmou FHC.
"Mas saberá respeitar e compreender as situações regionais",
acrescentou.
O discurso foi feito durante o ato
pró-reeleição promovido pela ala
governista do PMDB, que ocorreu
no Senado. O partido não declarou apoio oficial a FHC, mas a ala
governista continua com o status
de integrante informal da aliança.
Estavam com FHC peemedebistas que disputam governos estaduais com tucanos. Entre eles Joaquim Roriz, que disputa com José
Roberto Arruda, no Distrito Federal, e Newton Cardoso, vice da
chapa de Itamar Franco, adversário do tucano Eduardo Azeredo,
em Minas Gerais.
O presidente disse que, ao assumir a candidatura pela reeleição,
tem a responsabilidade de não utilizar a máquina do governo e o
prestígio decorrente do cargo.
"Quem sabe respeitar as diferenças regionais, sabe que nem de
longe pode utilizar a máquina,
nunca. Nem mesmo o prestígio de
uma forma que esmague aqui ou
ali", disse ele.
Após ouvir sete discursos, FHC
pediu que os candidatos deixem o
"sectarismo". "Não se governa
um país como o Brasil, tão grande
e diferenciado, com sectarismo."
FHC foi interrompido pela feirante Antonia Silva, de Brasília,
que do centro do auditório gritou
que o admirava e queria ver Roriz
eleito governador.
Candidatos a governos estaduais
do PMDB disseram ontem que o
presidente não deve visitar os Estados onde os partidos aliados
(PSDB, PFL, PPB e PTB, além dos
"nanicos" PSD e PSL) não estão
coligados na eleição estadual.
Eles preferem a ausência de FHC
em seus palanques à presença do
presidente na campanha também
de seus adversários. Somente em
sete Estados, os partidos da aliança de FHC não são adversários na
eleição para o governo: Amapá,
Rio Grande do Sul, Alagoas, Paraíba, Paraná, Ceará e Amazonas.
Na Bahia e no Maranhão, o presidente já decidiu que subirá ao
palanque pefelista. Nos dois casos,
o PSDB não lançou candidato próprio e se aliou a outras coligações.
O senador Mauro Miranda
(GO), ligado ao candidato Iris Rezende, afirmou que FHC deverá
subir ao palanque do PMDB em
Goiás. "É natural que vá. Na Bahia, ele vai apoiar o PFL e, em
Goiás, o PMDB", disse o senador.
Iris disputa o governo com o tucano Marconi Perillo, que tem apoio
do PFL, PTB e PPB.
No Distrito Federal, Roriz pede
neutralidade. "Basta não subir em
nenhum palanque. Eu farei esforço para transferir todos os meus
votos para ele (FHC)."
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