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Omissão federal
obriga ação, diz
líder ruralista
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM PRESIDENTE PRUDENTE
O presidente nacional da UDR
(União Democrática Ruralista),
Luiz Antônio Nabhan Garcia, 45,
disse ontem que a "omissão do
governo federal" obriga, "por desespero de causa", que fazendeiros providenciem por conta própria a segurança de suas áreas.
Ele disse temer que "novas tragédias", como a morte de um integrante do MST em uma invasão
no Paraná, possam se repetir por
"negligência do governo".
"Se as pessoas estão, infelizmente, se armando, é para defender seu patrimônio, porque existe
uma ausência do poder público
na questão da garantia do princípio da propriedade", disse, ontem, em entrevista coletiva na sede da entidade, em Presidente
Prudente (SP). Nabhan Garcia
reafirmou que a UDR orienta os
associados a agir "dentro da lei".
Para o líder ruralista, há no
campo "o espetáculo da anarquia", crítica feita em alusão à
promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de promover o
"espetáculo do crescimento".
"Acabou o Estado de Direito no
campo. É o início do processo de
anarquia, pois estamos vivendo o
espetáculo da anarquia", disse.
Ele acusou o governo Lula de
"incentivar invasões". O Ministério do Desenvolvimento Agrário
informou que o ministro Miguel
Rossetto não iria responder às declarações, assim como age diante
de críticas de movimentos sociais.
(CRISTIANO MACHADO)
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