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Meirelles se cala
e executivo lembra
Revolução Francesa
DA REPORTAGEM LOCAL
Em uma menção indireta
aos recentes episódios que
envolvem o presidente do
Banco Central, Henrique
Meirelles, o presidente do
Ibef (Instituto Brasileiro de
Executivos de Finanças),
Walter M. Machado de Barros, fez uma analogia à Revolução Francesa.
O discurso foi feito durante almoço organizado ontem
pelo Ibef e que teve como
convidado de honra o presidente do BC. Barros disse
que, ao longo das últimas semanas, "atitudes irresponsáveis vêm sendo disseminadas, promovendo a barbárie". O presidente do Ibef declarou ainda que as "atitudes
irresponsáveis" são conduzidas por "[pessoas] travestidas de Robespierres em
busca de seus Dantons".
Robespierre (1758-1794)
foi um dos líderes da Revolução Francesa e ficou conhecido por levar à guilhotina opositores e contra-revolucionários. Danton (1759-1794), que também participou da Revolução Francesa,
foi guilhotinado durante o
período de comando de Robespierre.
Sem falar na recente onda
de acusações publicadas na
imprensa a respeito de declarações à Receita Federal,
Meirelles se limitou a apresentar dados sobre a economia brasileira em discurso
para representantes do mercado financeiro. "Hoje não é
objeto de dúvida o fato que a
economia está na rota do
crescimento sustentável."
Meirelles discorreu por
aproximadamente 20 minutos sobre pontos que, diz,
mostram a "sólida" recuperação brasileira. Na lista, o
supervávit em conta corrente concomitante ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e o saldo positivo da balança comercial.
Sem ficar nem para o almoço com os participantes
do encontro nem para a rodada de perguntas e respostas, costume em eventos do
Ibef, o presidente do BC saiu
apressadamente pela porta
dos fundos, evitando o contato com a imprensa.
Uma entrevista coletiva,
marcada para ontem às 14h,
também foi desmarcada pela assessoria do presidente
do Banco Central.
(CÍNTIA CARDOSO)
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