|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ALTA ESPIONAGEM
Juiz nega pedido de preventiva para Verdial
PF solta o espião português após a Justiça rejeitar conversão de prisão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O juiz da 5ª Vara da Justiça Federal em São Paulo não aceitou
ontem o pedido da Polícia Federal
que queria a conversão em preventiva da prisão temporária do
ex-colaborador da Kroll Tiago
Verdial. Assim, Verdial foi solto a
0h de hoje em Brasília. Ele usava
bermuda, camisa de malha e chinelo de dedo. Indagado se queria
falar com jornalistas, disse:"não".
Ele estava acompanhado pelo advogado Antonio Marra.
O juiz Luiz Renato Pacheco
Chaves de Oliveira afirma em seu
despacho, que nega o pedido de
conversão, que a Polícia Federal e
o Ministério Público não conseguiram reunir indícios de que
Verdial cometeu crime.
Se aceito, o pedido manteria
preso por pelo menos mais 30
dias -prorrogáveis por outros
30- o português que teria sido
contratado pela empresa para espionar a Telecom Italia a pedido
da Brasil Telecom.
O caso tramita na 5ª Vara da
Justiça Federal em São Paulo pois
é nesta vara que corre a investigação relacionada à Kroll -desdobramento de um inquérito instaurado para investigar a falência
da Parmalat.
Os elementos colhidos na investigação, da qual participam a
Abin (Agência Brasileira de Inteligência), a PF e o Ministério Público Federal, indicam que os ilícitos
praticados por colabores da Kroll
com o objetivo de obter informações sigilosas podem ter contado
com a participação de servidores
públicos, entre os quais: policial
federal, analista do Banco Central
e auditor da Receita Federal.
Verdial, que até o momento é o
colaborador mais ativo da Kroll
identificado na espionagem sobre
a Telecom Italia que resvalou em
autoridades brasileiras, foi preso
em 24 de julho no Rio e levado para a PF em Brasília no mesmo dia.
E-mails e ligações interceptados
pela Polícia Federal revelam fortes
indícios de que Verdial quebrou o
sigilo de informações preservadas
por lei, corrompeu servidores públicos e explorou o prestígio de
autoridades com as quais se relacionava também em busca de dados reservados.
Na semana passada, a Justiça
Federal informou, por meio de
certidão expedida a pedido dos
advogados de Verdial, que desde
24 de junho último a Polícia Federal tinha poderes para cumprir o
mandado de prisão temporária
contra ele.
Texto Anterior: Leia a íntegra da carta do PSDB Próximo Texto: Panorâmica - Lavoura arcaica: Empresa pagará R$ 1,3 mi por trabalho escravo no PA Índice
|