São Paulo, segunda-feira, 03 de agosto de 2009

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Duque discute caso Sarney com Cabral

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Um encontro reservado no Palácio Guanabara, no Rio, reuniu na tarde de terça o governador Sérgio Cabral (PMDB) e o senador Paulo Duque, presidente do Conselho de Ética, que começará a examinar a situação do presidente do Senado, José Sarney. A crise no Senado foi discutida no almoço.
Duque é responsável pelo encaminhamento das representações contra Sarney, podendo arquivá-las antes mesmo de o conselho analisá-las.
Ele disse, há duas semanas, que não via problemas graves nos atos secretos e na contratação de parentes por senadores. Depois, afirmou que, quando deu a declaração, não tinha informação sobre as acusações contra Sarney.
À Folha, o senador, que está perto de fazer 82 anos, disse que o teor da conversa com Cabral não poderia ser divulgado.
Duque deve seu mandato ao governador. Cabral elegeu-se senador em 2002 e ocupou a função até 2006, quando foi eleito governador. Seu primeiro suplente era Régis Fitchner, que não assumiu. Duque era o segundo.
A trajetória de Duque é marcada por ligações com diversos políticos e correntes das seis últimas décadas: foi getulista, lacerdista, revolucionário de 1964, arenista, emedebista, chaguista, moreirista, brizolista, auxiliar de Cesar Maia e agora cabralista e lulista. Vive o auge de uma carreira de poucos votos, embora tenha sido deputado estadual sete vezes no RJ. Isso porque quase sempre se elegeu na rabeira da lista das eleições das quais participou -isto quando não entrou como suplente.


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