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Duque discute caso Sarney com Cabral
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
Um encontro reservado
no Palácio Guanabara, no
Rio, reuniu na tarde de
terça o governador Sérgio
Cabral (PMDB) e o senador Paulo Duque, presidente do Conselho de Ética, que começará a examinar a situação do presidente do Senado, José Sarney. A crise no Senado foi
discutida no almoço.
Duque é responsável pelo encaminhamento das
representações contra
Sarney, podendo arquivá-las antes mesmo de o conselho analisá-las.
Ele disse, há duas semanas, que não via problemas graves nos atos secretos e na contratação de parentes por senadores. Depois, afirmou que, quando
deu a declaração, não tinha informação sobre as
acusações contra Sarney.
À Folha, o senador, que
está perto de fazer 82
anos, disse que o teor da
conversa com Cabral não
poderia ser divulgado.
Duque deve seu mandato ao governador. Cabral
elegeu-se senador em
2002 e ocupou a função
até 2006, quando foi eleito
governador. Seu primeiro
suplente era Régis Fitchner, que não assumiu. Duque era o segundo.
A trajetória de Duque é
marcada por ligações com
diversos políticos e correntes das seis últimas décadas: foi getulista, lacerdista, revolucionário de
1964, arenista, emedebista, chaguista, moreirista,
brizolista, auxiliar de Cesar Maia e agora cabralista
e lulista. Vive o auge de
uma carreira de poucos
votos, embora tenha sido
deputado estadual sete vezes no RJ. Isso porque
quase sempre se elegeu na
rabeira da lista das eleições das quais participou
-isto quando não entrou
como suplente.
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