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"Embaixadores" dizem prestar serviço indispensável
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os "embaixadores" dos Estados em Brasília defendem seu
trabalho dizendo que prestam
serviço de assessoria indispensável aos governadores.
"O trabalho técnico, a articulação política e as tarefas administrativas [da representação
estadual] implicam em intenso
trabalho", disse, por meio de
sua assessoria, o representante
da Paraíba, Inaldo Leitão.
Nivaldo Krieger, do Paraná,
disse que "trabalha na elaboração do Orçamento, atua junto
aos ministérios em cima dos
projetos de interesse do Estado
e faz acompanhamento de autoridades estaduais".
O representante de Pernambuco, Carlos Siqueira, afirma
que foi nomeado porque "o governador [Eduardo Campo]
tem confiança em mim". Ele
ocupa um cargo na direção do
PSB, presidido por Campos.
O catarinense Geraldo Althoff diz que sua representação
"serve como conexão entre o
Estado em seus diversos segmentos e o governo federal, as
bancadas parlamentares e embaixadas com sede na capital."
A representação catarinense
também "oferece apoio às entidades representativas do Estado nos processos de tramitação
dos projetos apresentados ao
governo federal."
O ex-ministro Henrique
Hargreaves, chefe da representação mineira, rejeita a tese de
aparelhamento. "Os salários
não são altos e todos os funcionários são do Estado".
Na Bahia, a jornalista Sônia
Carneiro, nomeada representante de Jaques Wagner (PT),
diz que foi escolhida porque
"tem perfil" para a função. "É
um cargo de confiança."
Klinger Cruz, do Acre, nega
ser indicação política. "Sou técnico e minha indicação foi feita
pela análise de meu currículo."
Danilo Serpa, do Ceará, diz
que entre suas funções está o
diagnóstico de convênios do
Estado com a União, encaminhamento dos pleitos do governador e secretários junto aos
órgãos federais e reuniões com
bancadas parlamentares.
Pedro Lopes, de Sergipe, disse que trabalha com o governador Marcelo Déda (PT) desde
1996, quando ele era deputado.
Na Prefeitura de Aracaju, foi
chefe de gabinete, secretário de
governo e assessor especial.
O representante do Amapá,
Orlando Munis, disse que a nomeação se deve à sua experiência técnica. "Não possuo atividades político-partidárias."
Luiz Fernando Santos, de
Mato Grosso do Sul, afirma que
não foi indicado por um partido, mas por toda a bancada de
parlamentares do Estado.
Eduardo Graeff, representante
de São Paulo, diz que entre suas
funções está "acompanhar junto aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais,
órgãos e entidades de fomento
e desenvolvimento medidas,
projetos, programas e outras
matérias de interesse do Estado de São Paulo".
As representações de Maranhão, Piauí e Tocantins foram
procuradas e não telefonaram
de volta. Em Mato Grosso, as
respostas não foram dadas "por
ordem do governador [Blairo
Maggi]".
Carlos Patrocínio, que chefia
a representação do Tocantins,
disse ter sido nomeado levando
em conta o seu "vasto conhecimento técnico e político".
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