São Paulo, segunda-feira, 03 de setembro de 2007

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"Embaixadores" dizem prestar serviço indispensável

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os "embaixadores" dos Estados em Brasília defendem seu trabalho dizendo que prestam serviço de assessoria indispensável aos governadores.
"O trabalho técnico, a articulação política e as tarefas administrativas [da representação estadual] implicam em intenso trabalho", disse, por meio de sua assessoria, o representante da Paraíba, Inaldo Leitão.
Nivaldo Krieger, do Paraná, disse que "trabalha na elaboração do Orçamento, atua junto aos ministérios em cima dos projetos de interesse do Estado e faz acompanhamento de autoridades estaduais".
O representante de Pernambuco, Carlos Siqueira, afirma que foi nomeado porque "o governador [Eduardo Campo] tem confiança em mim". Ele ocupa um cargo na direção do PSB, presidido por Campos.
O catarinense Geraldo Althoff diz que sua representação "serve como conexão entre o Estado em seus diversos segmentos e o governo federal, as bancadas parlamentares e embaixadas com sede na capital."
A representação catarinense também "oferece apoio às entidades representativas do Estado nos processos de tramitação dos projetos apresentados ao governo federal."
O ex-ministro Henrique Hargreaves, chefe da representação mineira, rejeita a tese de aparelhamento. "Os salários não são altos e todos os funcionários são do Estado".
Na Bahia, a jornalista Sônia Carneiro, nomeada representante de Jaques Wagner (PT), diz que foi escolhida porque "tem perfil" para a função. "É um cargo de confiança."
Klinger Cruz, do Acre, nega ser indicação política. "Sou técnico e minha indicação foi feita pela análise de meu currículo."
Danilo Serpa, do Ceará, diz que entre suas funções está o diagnóstico de convênios do Estado com a União, encaminhamento dos pleitos do governador e secretários junto aos órgãos federais e reuniões com bancadas parlamentares.
Pedro Lopes, de Sergipe, disse que trabalha com o governador Marcelo Déda (PT) desde 1996, quando ele era deputado. Na Prefeitura de Aracaju, foi chefe de gabinete, secretário de governo e assessor especial.
O representante do Amapá, Orlando Munis, disse que a nomeação se deve à sua experiência técnica. "Não possuo atividades político-partidárias."
Luiz Fernando Santos, de Mato Grosso do Sul, afirma que não foi indicado por um partido, mas por toda a bancada de parlamentares do Estado. Eduardo Graeff, representante de São Paulo, diz que entre suas funções está "acompanhar junto aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais, órgãos e entidades de fomento e desenvolvimento medidas, projetos, programas e outras matérias de interesse do Estado de São Paulo".
As representações de Maranhão, Piauí e Tocantins foram procuradas e não telefonaram de volta. Em Mato Grosso, as respostas não foram dadas "por ordem do governador [Blairo Maggi]".
Carlos Patrocínio, que chefia a representação do Tocantins, disse ter sido nomeado levando em conta o seu "vasto conhecimento técnico e político".


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