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Palocci tenta controlar direção do PT-SP
Ex-ministro quer eleger aliados Edinho Silva e Antonio Donato para os diretórios no Estado e na capital
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
Absolvido pelo Supremo no
episódio da quebra do sigilo do
caseiro Francenildo Costa, o
deputado federal Antonio Palocci trabalha agora para eleger
dois aliados nos comandos dos
principais diretórios do PT em
São Paulo, onde é cotado para
disputar o governo do Estado.
No âmbito estadual, Palocci
articula a reeleição de Edinho
Silva, ex-prefeito de Araraquara, cidade da região de Ribeirão
Preto, terra natal e base do ex-ministro da Fazenda.
O vereador Antonio Donato,
hoje um dos petistas mais próximos de Palocci em São Paulo,
costura apoios para comandar
o partido na capital do Estado.
Os dois candidatos já receberam o aval de correntes importantes do PT e são favoritos para as eleições de novembro deste ano. Se confirmada a vitória
da dupla, Palocci pavimenta
ainda mais seu caminho para
ser o nome petista na sucessão
de José Serra (PSDB) em 2010.
Edinho Silva é considerado
uma espécie de afilhado político de Palocci. Ambos têm o
mesmo perfil conciliador e o
gosto pela chamada política de
bastidores. Ele concorrerá à
reeleição com o apoio das correntes CNB (Construindo um
Novo Brasil), da qual faz parte,
e da Novo Rumo.
Silva prometeu que começará a ouvir os interessados em
concorrer ao Palácio dos Bandeirantes neste mês. Ao menos
três nomes também são cotados: o ministro Fernando Haddad (Educação), o prefeito de
Osasco, Emidio de Souza, e o
ex-presidente da Câmara dos
Deputados Arlindo Chinaglia.
Souza, por exemplo, já declarou que não está disposto a
abrir mão da candidatura "automaticamente" para Palocci.
Já o vereador Antonio Donato, da Novo Rumo, é originário
do grupo ligado a Marta Suplicy, mas se aproximou de Palocci nos últimos anos.
Para disputar com Jair Tatto
(PT de Lutas e Massas) e Nabil
Bonduki (Mensagem ao Partido), Donato já conta com o
apoio das correntes CNB, hegemônica no partido, e Movimento PT, de Chinaglia.
Como os mandatos são de
três anos, os presidentes eleitos
comandarão o partido na eleição para governador e prefeito.
Em conversas reservadas dos
petistas, Palocci também é
apontado como um nome para
concorrer à sucessão de Gilberto Kassab (DEM), em 2012.
Dentro do PT, o deputado
costuma ser apontado como
um quadro com grande penetração no sociedade civil porém
sem uma base partidária sólida,
ainda que ele já tenha presidido
a legenda em São Paulo.
O PT paulista pressiona o
Planalto para que Palocci ocupe algum posto de visibilidade
pública ainda neste ano. Entre
as alternativas estudadas está
entregar ao deputado petista
uma relatoria do projeto do
pré-sal da Câmara.
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