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Kassabistas assediam adversários tucanos
DA REPORTAGEM LOCAL
Sob ameaça de não serem
eleitos com a queda nas pesquisas de Geraldo Alckmin (PSDB)
-que, segundo pesquisa Datafolha divulgada no início da semana, fica fora do segundo turno- candidatos tucanos a vereador têm aceitado ajuda do
DEM nas suas campanhas -ou,
no caso dos candidatos alckmistas, estão sendo assediados
para "mudar de lado".
Candidatos do PSDB ouvidos
pela Folha denunciaram o assédio de lideranças kassabistas
para que imprimam material
com o prefeito Gilberto Kassab
(DEM) -o que não é permitido- ou omitam o número do
tucano Geraldo Alckmin.
O candidato Willamys Alencar afirmou que foi procurado
por uma liderança de seu partido que apóia Kassab oferecendo "colas" -santinhos para
ajudar os eleitores no momento da votação- que incluíssem
o número 25 e o nome do prefeito. "A esta altura da campanha, quando já não temos recursos para material, é uma
oferta tentadora", diz, afirmando ter resistido a ela.
Na quarta, a Folha recolheu
material de campanha de Victor Kobayashi (PSDB) em que
consta o número do tucano e,
logo abaixo, o do prefeito. O
material era distribuído em estações de metrô. Ouvido pela
Folha, Kobayashi disse que
20% de sua base de apoio vem
do tio, Sérgio Kobayashi, responsável pela mobilização da
campanha de Kassab, e que
"não teria controle sobre o material impresso pelo grupo".
Informado de que o material
pode levar à impugnação da
candidatura, Kobayashi afirmou que "tomará cuidado".
Defensores da eleição de
Kassab, os vereadores do PSDB
têm pedido ajuda do prefeito
diante da ameaça de não-reeleição. Em 2004, com José Serra como puxador de legenda, o
partido elegeu 13 vereadores.
Hoje, com o risco de Alckmin
não chegar ao segundo turno,
calcula-se que serão no máximo 11 os eleitos pelo PSDB.
Como o PSDB deverá eleger
dois novos vereadores -o ex-secretário Gabriel Chalita e o
evangélico Souza Santos- pelo
menos quatro dos atuais vereadores devem ficar de fora. Ontem, o vereador Claudinho almoçou com Kassab. Na véspera, Juscelino Gadelha acompanhou o prefeito na zona norte.
"Existe risco de parte da bancada não se reeleger. Mas estamos, todos, trabalhando muito
contra a "Martaxa'", disse o líder do PSDB na Câmara Municipal, Gilberto Natalini.
O comando de campanha de
Kassab tem ajudado os vereadores. Na favela de Paraisópolis, por exemplo, a coordenação
do comitê foi indicada pelo vereador José Rolim. O prefeito
autorizou que também pedissem voto ao tucano.
(AF e CS)
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