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ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO
Marta vê cidade dividida e diz estar ao lado do "povão"
Petista afirma esperar segundo turno "acirrado", "voto a voto", e acusa adversários de estarem "do lado do sistema financeiro"
No último dia permitido para fazer campanha política, a
ex-prefeita reúne centenas de pessoas em Sapopemba, onde tem 49% nas pesquisas
RANIER BRAGON
EM SÃO PAULO
No último dia permitido para
campanha política, Marta Suplicy (PT) reuniu algumas centenas de pessoas em um comício em Sapopemba, extremo
leste de São Paulo, região onde
reúne uma de suas maiores intenções de voto -49%, contra
35% em toda a cidade. Lá, a petista afirmou que São Paulo está se dividindo "em dois lados".
"Estamos indo para um segundo turno com dois campos
muito bem definidos. Vamos
ter -eu não me iludo- um segundo turno acirrado, voto a
voto. Mas a população precisa
saber de que lado eu estou. Eu
estou do lado do povão. Eles estão do lado do sistema financeiro", discursou Marta em um
dos três eventos em que participou na região.
Líder nas pesquisas durante
quase todo o período eleitoral,
Marta viu Gilberto Kassab
(DEM) ultrapassá-la na simulação de um eventual segundo
turno (49% a 44%), segundo a
última pesquisa Datafolha.
A petista, que concentrou
boa parte de sua campanha na
associação de sua imagem à de
Luiz Inácio Lula da Silva, não
terá a presença do presidente
na reta final. Os candidatos petistas da região metropolitana
de São Paulo planejavam um almoço amanhã com o presidente, mas, conforme antecipou
ontem o "Painel" da Folha, Lula desistiu de participar.
Petistas negaram que o motivo tenha sido uma disputa entre Marta e Luiz Marinho (candidato em São Bernardo do
Campo) para "sediar" o almoço. Disseram que Lula preferiu
descansar no sábado.
"Eu nem estava sabendo de
almoço. (...) Ele [Lula] me disse
que está disponível para o que
for necessário no segundo turno, como esteve disponível no
primeiro", afirmou Marta. Nas
últimas semanas, Lula participou de dois comícios ao lado
dela na periferia de São Paulo.
Metrô
Apesar de já ter reconhecido
que cabe ao Estado a decisão
sobre como, onde e quando serão aplicados os investimentos
no metrô de São Paulo, Marta
voltou a prometer ontem que,
se eleita, vai estender os trilhos
até Sapopemba.
"Não adianta dizer que é do
Estado. Se eleita, quero sentar
na mesa e levar para o governador o plano de expansão que
discuti com o presidente Lula
quando era ministra", discursou Marta no último evento.
Ela promete recursos da prefeitura para o metrô. Lula promete recursos federais.
O Metrô de São Paulo critica
a proposta de Marta e afirma
que a região será atendida por
uma linha diversa da que consta do projeto da petista.
"As linhas de extensão da
malha metroferroviária que integram o Plano de Expansão do
Transporte Metropolitano são
definidas a partir de um conjunto de variáveis que levam
em conta levantamentos feitos
pela pesquisa "OD", de origem e
destino e cálculo da demanda
preferencial, entre diversas outras", diz o Metrô.
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