São Paulo, quarta-feira, 03 de dezembro de 2008

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Petistas do conselho podem definir hoje futuro de Paulinho

Enquete da Folha com os titulares do órgão mostra que dois petistas não deram nenhum indicativo de como irão votar

Sindicalista, suspeito de envolvimento em esquema de desvio do BNDES, é alvo de processo na Câmara por quebra de decoro


LETÍCIA SANDER
ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PT poderá decidir hoje o futuro do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) no Conselho de Ética da Câmara. Presidente da Força Sindical, Paulinho, como é conhecido, é suspeito de envolvimento em esquema de desvio de dinheiro do BNDES e responde a processo por quebra de decoro.
Dos 14 titulares do colegiado ouvidos pela Folha, há 4 indecisos, mas apenas os 2 petistas não deram nenhum indicativo de como irão votar.
Caso Leonardo Monteiro (PT-MG) e Fernando Melo (PT-AC) optem pela cassação, Paulinho sofrerá uma derrota na sessão. Do grupo de titulares, Efraim Moraes (DEM-PB) e Sandes Júnior (PP-GO) também não declararam o voto, mas a aliados deram indicativos de que vão apoiar Paulinho.
São necessários oito votos para decidir pela cassação ou absolvição do parlamentar. Se houver empate, a decisão é do presidente do conselho, Sérgio Moraes (PTB-RS).
Se todos os 14 titulares votassem hoje, Paulinho teria 7 votos pela sua cassação, 3 contra e 4 dúvidas. Mas dois integrantes que votariam contra Paulinho -Inocêncio Oliveira (PR-PE) e Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP)- já avisaram que não irão à sessão, o que abrirá vaga para suplentes.
Entre os substitutos, 4 disseram que, se votarem, optarão pela cassação; 2 são favoráveis a Paulinho e 4 estão indecisos. A Folha não conseguiu ouvir dois suplentes. A escolha de qual dos suplentes votará dependerá de quem assinar primeiro a lista de chegada.
Na quarta-feira passada, o relator do processo, Paulo Piau (PMDB-MG), apresentou parecer favorável à cassação.
Se o parecer do relator for derrubado na sessão de hoje, um novo relator será designado para redigir o voto vencedor. Já se a maioria julgar que há indícios de quebra de decoro, o caso vai ao plenário da Câmara.


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