|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Petistas do conselho podem definir hoje futuro de Paulinho
Enquete da Folha com os titulares do órgão mostra que dois petistas não deram nenhum indicativo de como irão votar
Sindicalista, suspeito de envolvimento em esquema de desvio do BNDES, é
alvo de processo na Câmara por quebra de decoro
LETÍCIA SANDER
ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PT poderá decidir hoje o
futuro do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) no
Conselho de Ética da Câmara.
Presidente da Força Sindical,
Paulinho, como é conhecido, é
suspeito de envolvimento em
esquema de desvio de dinheiro
do BNDES e responde a processo por quebra de decoro.
Dos 14 titulares do colegiado
ouvidos pela Folha, há 4 indecisos, mas apenas os 2 petistas
não deram nenhum indicativo
de como irão votar.
Caso Leonardo Monteiro
(PT-MG) e Fernando Melo
(PT-AC) optem pela cassação,
Paulinho sofrerá uma derrota
na sessão. Do grupo de titulares, Efraim Moraes (DEM-PB)
e Sandes Júnior (PP-GO) também não declararam o voto,
mas a aliados deram indicativos de que vão apoiar Paulinho.
São necessários oito votos
para decidir pela cassação ou
absolvição do parlamentar. Se
houver empate, a decisão é do
presidente do conselho, Sérgio
Moraes (PTB-RS).
Se todos os 14 titulares votassem hoje, Paulinho teria 7 votos pela sua cassação, 3 contra
e 4 dúvidas. Mas dois integrantes que votariam contra Paulinho -Inocêncio Oliveira (PR-PE) e Antônio Carlos Mendes
Thame (PSDB-SP)- já avisaram que não irão à sessão, o
que abrirá vaga para suplentes.
Entre os substitutos, 4 disseram que, se votarem, optarão
pela cassação; 2 são favoráveis
a Paulinho e 4 estão indecisos.
A Folha não conseguiu ouvir
dois suplentes. A escolha de
qual dos suplentes votará dependerá de quem assinar primeiro a lista de chegada.
Na quarta-feira passada, o
relator do processo, Paulo Piau
(PMDB-MG), apresentou parecer favorável à cassação.
Se o parecer do relator for
derrubado na sessão de hoje,
um novo relator será designado
para redigir o voto vencedor. Já
se a maioria julgar que há indícios de quebra de decoro, o caso vai ao plenário da Câmara.
Texto Anterior: Toda Mídia - Nelson de Sá: Condenado Próximo Texto: Endividado, jornal fundado por Lacerda deixa de circular no Rio Índice
|