|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Por um mês sem trabalho, 13 suplentes vão levar R$ 46 mil
Deputados vão assumir vagas de governadores e vices eleitos e secretários estaduais
Congresso está em recesso e novos eleitos só tomam posse em fevereiro; no cargo até dia 31, grupo terá direito a todos os benefícios
ADRIANO CEOLIN
LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Por um mês na função, 13 suplentes de deputados federais
vão receber cerca de R$ 46 mil,
cada um. Eles assumiram o lugar de parlamentares que ocuparão outros cargos públicos e
deixam o cargo no próximo dia
31, quando se encerra a atual legislatura. Durante todo o mês,
o Congresso estará em recesso.
Além dos 13 deputados que
ficarão um mês no cargo, outros 11 suplentes também tomam posse este mês, mas seguirão nos cargos em fevereiro.
A maioria dos suplentes
substituirá deputados que foram eleitos governadores e vice-governadores ou nomeados
secretários nos Estados.
Mesmo com o Congresso em
recesso, os deputados empossados receberão todos os benefícios de um parlamentar. Direto para o bolso deles vão R$ 46
mil, entre salário, verba para
manutenção de escritórios nos
Estados, auxílio-moradia e despesas com correio e telefone.
Cada deputado ainda poderá
usar R$ 50 mil para contratação de pessoal para trabalhar
em seus gabinetes. No entanto,
a maioria do recém-empossados não pretende alterar as
equipes dos seus antecessores.
O deputado Carlos Lapa
(PSB-PE) é um dos 13 beneficiados. Ele ficou com a vaga de
Eduardo Campos (PSB), o novo
governador de Pernambuco.
"Dá para fazer muita coisa
em um mês. Quero apresentar
oito projetos. Estou encaminhando ofícios para a duplicação de uma rodovia e para a instalação de um campus universitário na cidade de Carpina."
Como o plenário não está funcionando neste mês, porém, o
deputado não poderá apresentar os projetos que promete.
Lapa disse que não pode
abrir mão dos benefícios, pois
"está tendo muitos gastos".
"Preciso do auxílio-moradia,
pois estou morando em um hotel. Além disso, vou viajar para
o Estado", disse.
Outro da lista é Fernando
William (PSB-RJ), que ocupará
a vaga de Alexandre Santos, nomeado secretário do governo
de Sérgio Cabral (PMDB). William também terá um cargo no
governo Cabral, mas preferiu
adiar a posse. "Pedi para assumir só no começo do mês que
vem, pois tinha de assumir meu
mandato em Brasília. Ainda
não sei quais benefícios terei,
mas sei que são direitos previstos pela Constituição."
Osório Adriano (PFL-DF) assumiu o posto do governador
do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Dono de um patrimônio de R$ 66 milhões, disse que não assumirá o mandato
por dinheiro. "Vou tomar posse, mas o Congresso está em recesso. Por isso, vou descansar
um pouco e ajudar o Arruda no
começo do governo dele", disse
ele, que a partir de fevereiro assumirá como suplente de Alberto Fraga (PFL-DF), nomeado secretário de Transportes
no governo Arruda.
Texto Anterior: Painel Próximo Texto: Senado: Posse de quatro suplentes é mais concorrida que a do presidente Índice
|