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Secretário vai contingenciar gastos em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Em mais uma medida de
contenção de despesas, o governador José Serra (PSDB)
determinou a retenção de
gastos do Orçamento deste
ano, tecnicamente chamada
de "contingenciamento".
Um decreto - a ser publicado pelo secretário estadual
de Planejamento, Francisco
Vidal Luna - fixará limites
de gastos com programas do
Governo. Serão represados
recursos tanto para investimentos como para manutenção da máquina.
Pela LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), enquanto o Orçamento não estiver
aprovado, o governo é autorizado a gastar, mensalmente, 1/12 avos da proposta que
enviou à Assembléia.
Como a proposta original
do governo é de R$ 87 bilhões, o governo teria direito
a gastar R$ 7,25 bilhões por
mês. Mas Serra assina um
decreto em que determina
uma despesa mensal de até
1/12 avos. Segundo o decreto,
caberá a Luna e ao secretário
de Fazenda, Mauro Ricardo
Costa, estabelecer os limites
de despesas por secretarias.
Ontem, o governo já publicou decreto em que cria um
grupo para levantamento
das dívidas e haveres (créditos) do Estado. Segundo Luna e Mauro Ricardo, a idéia é
evitar surpresas como a aparição de dívidas que não estejam registradas.
Existem, segundo Mauro
Ricardo, ao menos duas "dívidas contingenciais" do governo, no valor de R$ 15,7 bilhões. A maior delas (R$ 15
bilhões) é alvo de uma disputa judicial entre o Instituto
Nacional do Seguro Social e o
Palácio dos Bandeirantes. O
INSS reivindica que ocupantes de cargos em comissão
contribuam para o regime
geral da Previdência. Até hoje, quem arrecada é o instituto de Previdência do Estado.
Já o Tesouro Nacional cobra outra dívida, de R$ 700
milhões, herdada da Vasp. O
Estado foi avalista da dívida
da Vasp com o Tesouro Nacional. Como a Vasp não honrou o compromisso, o Tesouro briga na Justiça para
reaver o dinheiro.
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