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Interino na Abin aciona Justiça contra Brasil Telecom
Atualmente na direção geral da agência, Trezza atuou na tele na gestão de Dantas
Tribunal diz que dirigente deve receber R$ 58,5 mil de empresa; companhia alega que decisão não reconhece as estipulações do contrato
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Mesmo com o aval para exercer o cargo de diretor-geral da
Abin (Agência Brasileira de Inteligência), o interino Wilson
Trezza decidiu aguardar a escolha do nome que vai comandar
a instituição, sem tomar nenhuma decisão até lá.
Oficial de inteligência da
Abin, Trezza trabalhou na Brasil Telecom durante a gestão do
banqueiro Daniel Dantas, alvo
a Operação Satiagraha, que
contou com a participação de
mais de 60 homens da agência
durante as investigações.
"Trezza tem todo apoio para
tomar qualquer medida porque
os cargos de diretor e diretor-adjunto estão vagos. Não vejo
impedimento [por ele ter trabalhado com Dantas e chefiar a
Abin]", afirmou o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general
Jorge Felix.
Para se manter no cargo, ainda que interinamente, Trezza
afirmou que não tem nenhum
tipo de relação com Dantas e
que processa a Brasil Telecom e
a Fundação BrTprev.
O oficial pediu à Justiça do
Trabalho benefícios e gratificações referentes ao ano em que
prestou serviço para as duas
empresas.
O Tribunal Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul determinou, em segunda instância, que Trezza tem direito a receber R$ 27,5 mil referentes a
bônus por cumprimento de
metas, R$ 31 mil descontados
indevidamente na rescisão do
contrato, além de hora extra e
outros benefícios.
"Esse não é o valor exato da
condenação, mas o que a empresa depositou. Só depois de
transitado e julgado é que a
controladoria judicial vai estipular o valor", explicou a advogada de Trezza, Alessandra
Chaves.
Ela disse ainda que que Trezza foi contratado inicialmente
como consultor de recursos humanos da Brasil Telecom e, em
seguida, eleito diretor da fundação. Por isso, teria direito a
benefícios como hora-extra.
A Brasil Telecom recorreu ao
TST (Tribunal Superior do Trabalho), e o processo está no gabinete do relator do caso, ministro José Simpliciano Fernandes, desde maio do ano passado. A companhia diz, em nota, que "a decisão do TRT não
reconhece as estipulações prévias firmadas no contrato de
trabalho com o autor".
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