São Paulo, segunda, 4 de janeiro de 1999

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Entenda como o mercado atua

da Sucursal de Brasília

O mercado secundário de dívida externa proliferou nos anos 80, quando vários países não conseguiram pagar seus compromissos e decretaram moratória.
Bancos e investidores em geral passaram a preferir receber alguma coisa a perder tudo no caso de calote. Por isso, vendiam os papéis de dívida por um valor menor do que o de face.
Quem comprava eram especuladores, gente com tempo para esperar e cobrar a dívida no futuro, quando os países caloteiros conseguissem sair das dificuldades.
Quanto maior o deságio de um papel, menor a credibilidade de um devedor.
A cotação de uma dívida no mercado secundário é um indicador da confiança que um país desfruta no exterior.
No caso da Rússia, que decretou moratória parcial em outubro passado, o título mais valorizado só valia 37,5% do seu valor de face em 31 de dezembro passado.
No final dos anos 80 e início dos 90, o mercado secundário de dívidas externas se profissionalizou. Investidores, e não só especuladores, passaram a participar. (FR)


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