São Paulo, #!L#Sexta-feira, 04 de Fevereiro de 2000


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PAINEL

Tabelão dos remédios 1

O governo estuda a criação de um tabelão dos remédios. Será um registro dos preços dos principais medicamentos do país e poderá funcionar como uma licitação guarda-chuva. Em outras palavras: se Estados e municípios quiserem, poderão comprar produtos no mesmo modelo que a União.

Tabelão dos remédios 2

A idéia é negociar os preços do tabelão com os laboratórios. Os empresários terão de vender mais barato. Em compensação, poderão programar sua produção anual. O modelo é inspirado no Grupo de Compras Hospitalares, que reúne santas casas, e no método usado pelo Hospital das Clínicas.

Fechando o cerco

A CPI dos Medicamentos planeja quebrar sigilos bancário e fiscal de laboratórios. Mas antes quer saber as implicações jurídicas de cada caso. "Não queremos levar uma bola nas costas do Supremo Tribunal Federal", diz Nelson Marchezan (PSDB-RS), presidente da comissão.


Porto seguro

O BNDES contratou o Ibope para fazer uma pesquisa com parlamentares sobre a imagem da instituição. Andrea Calabi quer um mapa para atravessar a turbulência causada pela onda nacionalista no governo. O resultado está na sua mesa.

Bandeira branca

O governador César Borges (BA) não quer saber de briga com Covas (SP) na reunião dos governadores de hoje. "Não pretendo atacar." Prometeu que só briga se falarem em guerra fiscal. E o chumbo é o de sempre. "É a luta pelo desenvolvimento regional", reage.

Duas medidas

Os governadores servirão pratos federais hoje: Lei Fiscal, Fundef, DRU e a vinculação de recursos para a saúde. "O governo está fazendo cartaz com o chapéu dos outros", critica César Borges. Ou seja, Brasília libera seu dinheiro e vincula a receita dos Estados.

O jogo de empurra...

O presidente da Comissão de Ética do Senado, Ramez Tebet (MS), quer devolver o caso Luiz Estevão à Mesa da Casa. Tebet prepara um parecer no qual alega que, pelo regimento, a Mesa tem de se manifestar antes da comissão sobre as denúncias contra o senador. Os dois parlamentares são do PMDB.

...para lavar as mãos

A estratégia do PMDB é clara: pretende protelar ao máximo a análise da cassação de Luiz Estevão. O partido prefere esperar o pronunciamento do STF sobre o pedido de abertura de inquérito contra o seu senador.

Em números

O Acre melhorou. Com as investigações sobre o grupo de Hildebrando Pascoal, a quantidade de homicídios em Rio Branco caiu 38%, em comparação com a média registrada de 1990 a 1998. Em 1999, ocorreram 72 assassinatos, o menor volume desde 1986. Em 1998, foram 105 casos e, em 1997, 133.

Escolha de Sofia

O PT está dividido em Aracaju. O senador José Eduardo Dutra lança o deputado Marcelo Deda a prefeito. Deda lança Dutra. O certo é que a sigla quer, pelo menos, chegar ao segundo turno na capital do Sergipe e ganhar em um quinto das cem principais cidades do país.

Problema alheio

A TV da Assembléia (SP) passou a exibir imagens de crianças desaparecidas em sua programação. A TV São Paulo, da Câmara Municipal, não faz o mesmo por falta de interesse dos vereadores. Proposta similar está, desde junho passado, perdida numa gaveta da Comissão de Constituição e Justiça.

Visita à Folha

Luiz Antônio Viana, presidente da Petrobras Distribuidora (BR), visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Luiz Sales, presidente da LMS Serviços Empresariais.

TIROTEIO
De Celso Pitta (PTN), sobre Emerson Kapaz (PPS) dizer que é engraçado o prefeito de São Paulo pedir a demissão de Marco Vinicio Petrelluzi, secretário de Segurança Pública de Covas, alegando incompetência:
- É cômico um empresário incapaz e falido, militando num partido comunista, achar-se habilitado a palpitar sobre qualquer administração.

CONTRAPONTO

Sem remédio
Waldemar Chubaci tentava a reeleição para deputado estadual pelo PMDB em 1986. No final da campanha, andava com uma gripe renitente.
Mesmo rouco, confirmou presença num comício em Vargem Grande Paulista. Esperou nada menos do que 15 oradores falarem. Só conseguiu começar seu discurso às 23h.
A cada três ou quatro palavras, Waldemar Chubaci precisava interromper o discurso, tossia e pigarreava. Quando percebeu a situação, um eleitor se aproximou do palanque, encostou-se num canto e começou:
- Que pigarro, hein, velho?
Chubaci achou que o eleitor estava meio bêbado e ignorou.
- Ô, velho, você está mal mesmo, hein?
Reclamava o eleitor a cada pigarreada do candidato. Até que o interrompeu bruscamente:
- Ô, velho, sabe o que é bom para pigarro?
- Não, não sei o que é bom para pigarro - reagiu, Chubaci.
- O que é bom é parar de falar - devolveu o eleitor.


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