São Paulo, quinta-feira, 04 de fevereiro de 2010

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Petista será substituído por Luiz Barreto

Presidente sinaliza que ministros que se candidatarem serão substituídos por seus secretários-executivos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Teles Barreto, vai substituir seu chefe, Tarso Genro, no comando na pasta. Seu nome deve ser anunciado oficialmente pelo presidente Lula na próxima quarta-feira, quando Tarso deixará oficialmente o governo para se dedicar integralmente à campanha pelo governo do Rio Grande do Sul.
Barreto disputava o posto com o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP). Os dois nomes contavam com a simpatia do ministro, que tinha maior preferência pelo congressista -apoiado por ele em várias oportunidades para ocupar a presidência do PT.
A escolha de Barreto foi acertada anteontem em despacho entre Tarso e o presidente. Lula prefere substituir os ministros-candidatos em 2010 por seus secretários-executivos para garantir continuidade no trabalho desenvolvido pelas pastas.
Ele costuma dizer aos assessores que a escolha de pessoas de fora da estrutura dos ministérios na reta final de governo poderia levar a uma paralisação das atividades em andamento.
Tarso será o primeiro ministro a deixar o governo para disputar a eleição deste ano. Ele havia pedido ao presidente para sair do cargo em dezembro do ano passado, mas Lula pediu que ele permanecesse pelo menos até o início de fevereiro.
Além dele, pelo menos outros 15 dos 37 ministros já mostraram interesse em disputar cargos na eleição de 2010, no Legislativo, nos Executivos estaduais, e a Presidência da República, caso da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Dilma e Meirelles
A candidata escolhida por Lula para tentar sucedê-lo irá esperar a data final de desincompatibilização, no início de abril. Por enquanto, o nome mais forte para ocupar seu posto segue o mesmo roteiro adotado na Justiça: indicação da secretária-executiva de Dilma, Erenice Guerra.
A efetivação de Erenice não significa, contudo, que ela assumirá todas as funções de sua atual chefe. Dentro do governo, auxiliares do presidente Lula afirmam que a coordenação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), uma das vitrines eleitorais de Dilma na campanha, ficará a cargo de Miriam Belchior -que já auxilia a ministra atualmente na tarefa.
Entre os possíveis ministros-candidatos nesse ano, ainda existe uma expectativa sobre qual será a decisão do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. No final do ano passado, ele comentou com amigos que sua tendência era ficar no cargo e desistir de disputar um cargo nas eleições de 2010.
Ele abria apenas uma exceção naquele momento: ser vice da ministra Dilma Rousseff na cota do PMDB. Essa possibilidade, segundo amigos de Meirelles, aumentou. Ele seria o vice preferido de Lula, mas esbarra na resistência dos peemedebistas a seu nome.


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