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Uso de CPMF depende de lei complementar
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo vai aumentar a
CPMF a partir do dia 18, mas os
recursos extras só serão usados
no combate à pobreza quando
for aprovada uma lei complementar para regulamentar essa
aplicação. O projeto da lei ainda está na Casa Civil.
A arrecadação extra de R$ 3,1
bilhões com o aumento da
CPMF de 0,3% para 0,38% deverá ser destinada ao Fundo de
Combate à Pobreza, criado no
ano passado. A emenda constitucional que criou o fundo, porém, diz que, enquanto a lei
complementar não for aprovada, os recursos terão de ser
aplicados em títulos públicos.
O governo pretende utilizar
R$ 2 bilhões do fundo no Projeto Alvorada (que atende os
municípios mais pobres).
Como a tramitação da lei
complementar pode demorar,
o governo incluiu no corpo do
projeto da lei um dispositivo
que permite a transferência de
recursos de um ano para outro.
Ou seja, o que for arrecadado
este ano e não puder ser utilizado imediatamente será transferido para 2002.
O Ministério do Planejamento informou que estão previstos no Orçamento deste ano
apenas R$ 3,1 bilhões para o
fundo. O governo não está contando com o aumento de 5
pontos percentuais nas alíquotas de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de produtos supérfluos, também prevista na emenda.
A Folha apurou que o governo vai deixar esse aumento para depois porque é necessário
regulamentar o que é produto
supérfluo.
O Fundo da Pobreza vigorará
até 2010, mas o aumento da
CPMF -de acordo com a
emenda constitucional- valeria até junho de 2002. A emenda diz que, a partir dessa data,
os rendimentos dos recursos
da privatização de estatais seriam adicionados ao fundo.
Se o fundo não conseguir R$
4 bilhões anuais com esses rendimentos, as dotações orçamentárias complementariam
esse total. A emenda constitucional também cita como fontes para o fundo as doações e a
regulamentação do imposto
sobre grandes fortunas, já previsto na Constituição.
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