São Paulo, domingo, 04 de março de 2001

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OUTRO LADO
Para assessores, governador não é atingido

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MARINGÁ

O governo do Estado mobilizou uma "tropa de choque" para contornar a crise provocada pelas declarações de Luís Antônio Paolicchi.
Preocupado com a repercussão do caso, o governador Jaime Lerner (PFL), pré-candidato à Presidência da República, designou três integrantes do alto escalão do governo para tratar do assunto: o chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, o secretário de Governo, José Cid Campelo Filho, e o procurador-geral do Estado, Joel Coimbra.
Depois de analisar o caso, a equipe chegou à conclusão de que o depoimento de Paolicchi não compromete o governador. "Escaneamos as contas da campanha do Lerner e não encontramos um centavo que tenha vindo da Prefeitura de Maringá", disse Alceni Guerra à Agência Folha.
Segundo ele, a arrecadação de recursos para a campanha do governador era centralizada no comitê financeiro de Lerner, em Curitiba.
"Ninguém fora de Curitiba tinha autorização para arrecadar dinheiro para a campanha", afirmou Guerra.
O coordenador do comitê financeiro da campanha, Mário Lopes Filho, disse que há comprovantes fiscais de tudo o que foi doado para a campanha -em dinheiro, bens ou serviços.
"As contas da campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. Não houve dinheiro da Prefeitura de Maringá, e é até proibido que instituições públicas façam doações para campanhas políticas", afirmou Lopes Filho.
O senador Álvaro Dias informou, por meio de assessores, que só vai se pronunciar sobre o caso depois que tiver acesso à íntegra do depoimento de Paolicchi, que foi gravado -a degravação só ficará pronta esta semana.
Dias prometeu entregar esta semana aos ministérios públicos Federal e Estadual cópias dos documentos de sua campanha.
A Agência Folha ligou várias vezes para o celular de Jairo Gianoto, mas não conseguiu ouvi-lo sobre o assunto. (RS)



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