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OUTRO LADO
Para assessores, governador não é atingido
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MARINGÁ
O governo do Estado mobilizou uma "tropa de choque" para contornar a crise provocada
pelas declarações de Luís Antônio Paolicchi.
Preocupado com a repercussão do caso, o governador Jaime Lerner (PFL), pré-candidato à Presidência da República,
designou três integrantes do alto escalão do governo para tratar do assunto: o chefe da Casa
Civil, Alceni Guerra, o secretário de Governo, José Cid Campelo Filho, e o procurador-geral do Estado, Joel Coimbra.
Depois de analisar o caso, a
equipe chegou à conclusão de
que o depoimento de Paolicchi
não compromete o governador. "Escaneamos as contas da
campanha do Lerner e não encontramos um centavo que tenha vindo da Prefeitura de Maringá", disse Alceni Guerra à
Agência Folha.
Segundo ele, a arrecadação
de recursos para a campanha
do governador era centralizada
no comitê financeiro de Lerner,
em Curitiba.
"Ninguém fora de Curitiba tinha autorização para arrecadar
dinheiro para a campanha",
afirmou Guerra.
O coordenador do comitê financeiro da campanha, Mário
Lopes Filho, disse que há comprovantes fiscais de tudo o que
foi doado para a campanha
-em dinheiro, bens ou serviços.
"As contas da campanha foram aprovadas pela Justiça
Eleitoral. Não houve dinheiro
da Prefeitura de Maringá, e é
até proibido que instituições
públicas façam doações para
campanhas políticas", afirmou
Lopes Filho.
O senador Álvaro Dias informou, por meio de assessores,
que só vai se pronunciar sobre
o caso depois que tiver acesso à
íntegra do depoimento de Paolicchi, que foi gravado -a degravação só ficará pronta esta
semana.
Dias prometeu entregar esta
semana aos ministérios públicos Federal e Estadual cópias
dos documentos de sua campanha.
A Agência Folha ligou várias
vezes para o celular de Jairo
Gianoto, mas não conseguiu
ouvi-lo sobre o assunto.
(RS)
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