São Paulo, quinta-feira, 04 de março de 2004

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Depoimentos à PF nada trazem de novo ao caso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Nos principais depoimentos colhidos pela Polícia Federal até agora, os envolvidos se limitaram a reiterar o mesmo que já haviam dito dias antes ao Ministério Público Federal por iniciativa própria ou alegaram que só vão responder em juízo. As principais informações tomadas pelos procuradores dão conta de que Waldomiro Diniz, ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, era um representante do jogo no Congresso e no governo.
Messias Antonio Ribeiro Neto, que depôs ontem ao delegado Antônio César Fernandes Nunes, da PF, disse ao Ministério Público que foi sócio "de fato" de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Waldomiro foi demitido no dia 13 de fevereiro, quando foi divulgado vídeo no qual pedia propina ao empresário Cachoeira.
A sociedade teria tido início em 1995. Ribeiro Neto disse ao subprocurador-geral José Roberto Santoro, no dia 7 de fevereiro, que foi convidado a entrar com R$ 250 mil para adquirir participação da Gerplan, empresa de Cachoeira contratada pelo governo de Goiás.
Ouvido pelo delegado Nunes na terça, Carlos Roberto Martins também disse que o que tinha a falar já dissera ao Ministério Público. Martins é dono de três bingos em Goiânia. Disse ao Ministério Público que Waldomiro representava os interesses de Alejandro Ortiz no Congresso e no Planalto.
Segundo uma carta rogatória do governo da Itália de 1998, Ortiz é representante da máfia italiana no Brasil. Antes de representar Ortiz, Waldomiro tentou afastá-lo do mercado de jogo no Rio de Janeiro, em parceria com Cachoeira, segundo as informações de Martins.


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