|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Depoimentos à PF nada trazem de novo ao caso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Nos principais depoimentos
colhidos pela Polícia Federal
até agora, os envolvidos se limitaram a reiterar o mesmo que
já haviam dito dias antes ao Ministério Público Federal por
iniciativa própria ou alegaram
que só vão responder em juízo.
As principais informações tomadas pelos procuradores dão
conta de que Waldomiro Diniz, ex-subchefe de Assuntos
Parlamentares da Casa Civil,
era um representante do jogo
no Congresso e no governo.
Messias Antonio Ribeiro Neto, que depôs ontem ao delegado Antônio César Fernandes
Nunes, da PF, disse ao Ministério Público que foi sócio "de fato" de Carlos Augusto Ramos,
o Carlinhos Cachoeira. Waldomiro foi demitido no dia 13 de
fevereiro, quando foi divulgado vídeo no qual pedia propina
ao empresário Cachoeira.
A sociedade teria tido início
em 1995. Ribeiro Neto disse ao
subprocurador-geral José Roberto Santoro, no dia 7 de fevereiro, que foi convidado a entrar com R$ 250 mil para adquirir participação da Gerplan,
empresa de Cachoeira contratada pelo governo de Goiás.
Ouvido pelo delegado Nunes
na terça, Carlos Roberto Martins também disse que o que tinha a falar já dissera ao Ministério Público. Martins é dono
de três bingos em Goiânia. Disse ao Ministério Público que
Waldomiro representava os interesses de Alejandro Ortiz no
Congresso e no Planalto.
Segundo uma carta rogatória
do governo da Itália de 1998,
Ortiz é representante da máfia
italiana no Brasil. Antes de representar Ortiz, Waldomiro
tentou afastá-lo do mercado de
jogo no Rio de Janeiro, em parceria com Cachoeira, segundo
as informações de Martins.
Texto Anterior: Pires diz que caso GTech é anterior a Lula Próximo Texto: Waldomiro defendia cassinos no país Índice
|